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Campo Grande

19/05/2023 12:44

Defesa vai lutar por revisão no atestado de óbito de Caleb, morto aos 3 meses

Menino estava internado na Santa Casa de Campo Grande e lutou pela vida

Abalada e inconformada com a morte do pequeno Caleb Montalvão Milano, 3 meses, a mãe, Gabrielle de Souza Montalvão, usa as redes sociais para pedir justiça pela partida do filho, em Campo Grande. Segundo a defesa da família, até mesmo o atestado de óbito possui inconsistências, já que o prontuário não sinaliza infecção.

O bebê estava possuía problema cardíaco e faleceu na Santa Casa. Segundo a mãe, a morte aconteceu após uma possível demora e suposta omissão do hospital.

"Justiça pelo meu bebê! Que se encerre esse ciclo de descaso com a saúde das nossas crianças que não conseguem ser ouvidas! Elas tem voz! Meu filho vai ser o último", escreveu em seu Facebook, ao desabafar sobre a tragédia na família.

A advogada Janice Andrade, que representa a mãe, publicou uma nota que expõe o caso e elenca os principais motivos e tudo o que aconteceu para que Gabrielle procurasse a Polícia Civil e iniciasse uma investigação contra a unidade hospitalar.

De acordo com o documento, Caleb nasceu no dia 26 de janeiro deste ano com uma cardiopatia congênita, diagnosticada desde a sua gestação. Até aqui, tudo certo, mas no dia 7 de maio, o bebê precisou ser encaminhado para o hospital após apresentar queda na saturação e gemência.

Ainda segundo a advogada, pelo fato do bebê ser portador de cardiopatia congênita, era necessário interversões cirúrgicas quando completasse 6 meses, ou até antes, conforme a necessidade da evolução do quadro clínico.

Naquela manhã, foi preciso o apoio do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para encaminhar Caleb com auxílio de oxigênio, mas foi no hospital que todo o drama de Gabrielle começou.

Com saturação baixa, a mãe pedia por atendimento médico e aplicação de medicação no seu filho, mas somente após quatro horas, às 13h, depois de muita insistência, conforme o registro policial, é que a mãe conseguiu atendimento por meio da equipe de plantão para seu filho que estava todo roxo.

Após os procedimentos, Caleb foi encaminhado para a área vermelha. A mãe tentou acompanhar o menino, mas o pedido foi negado e ela precisou esperar na sala de emergência. Mais tarde, uma enfermeira informou que o bebê não havia estabilizado sua função respiratória e foi solicitado a presença da médica cardiologista pediátrica e avaliar a necessidade de exames, medicações e até cirurgia.

Ainda conforme a documentação apresentada na delegacia, no final do dia 7, por volta das 22h, a criança precisou ser internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas isso sem qualquer avaliação de cardiologista pediatra.

A mãe em todo o tempo tentava acionar o SAC, falar com a equipe de plantão do hospital, mas de nada adiantava e o problema se agravava.

Na segunda-feira (8), a criança passou quase todo o dia sem receber auxílio médico e somente no final da tarde, por volta das 18h, a médica pediátrica compareceu ao hospital para fazer avaliação e o ecocardiograma, após Gabrielle realizar 8 ligações no SAC do hospital.

"Na segunda-feira, foi realizado um exame de Ecocardiograma, no qual foi constatado insuficiência cardiorrespiratória, descompensação cardíaca e a possibilidade de obstrução nas veias pulmonares, provavelmente a criança iria passar por cirurgia de urgência, mas precisava realizar um exame de angiotomografia, e que esse exame somente seria realizado no dia seguinte", diz trecho da nota divulgada pela advogada e acrescenta que a profissional de saúde não solicitou o exame.

Notícia devastadora

A pior notícia que uma mãe poderia receber, Gabrielle recebeu na manhã do dia 9 de maio, na terça-feira. Caleb foi entubado novamente e a família aflita pela falta de um cardiologista pediátrico no hospital. Após nova insistência da mãe, a médica compareceu ao hospital após deixar seu consultório particular. Já na noite do mesmo dia, Caleb não resistiu e morreu, por volta das 19h.

A família chegou a solicitar autópsia da criança, mas foi negada pela equipe médica sob a justificativa de que tinham ciência da causa da morte, onde ficou constado na certidão de óbito que a causa teria sido um choque septo. Contudo, a advogada e a família ressaltam que os exames diários não acusaram nenhuma infecção.

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