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Campo Grande

20/04/2019 07:00

Lago assoreado vira ‘cemitério’ em ato pelo meio ambiente no Parque das Nações

Manifestantes cobram, mais uma vez, soluções para salvar um dos principais cartões postais de Campo Grande e rios símbolos de MS

Ato simbólico no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, pede mais uma vez por socorro para o salvamento do lago no local que é símbolo da cidade. Pela segunda vez, ambientalistas transformam em cemitério o banco de areia que toma conta do espaço onde antes havia água e peixes.

A ação acontece neste sábado (20), a partir de 16h, organizado pelo Movimento pela Preservação da Natureza, com apoio da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental em Mato Grosso do Sul e dos grupos Moradores da Chácara dos Poderes e SOS Parque dos Poderes. Esta é mais uma das diversas medidas dos campo-grandenses em chamar atenção de autoridades para o problema.

Vigilantes pelo meio ambiente, os manifestantes já haviam promovido um ‘abração’ ao redor do lago e até festival musical. As cruzes são colocadas pela segunda vez, como um lamento pelas espécies de animais que não sobreviveram ao assoreamento.

(Foto: Moacir Lacerda)

Integrante do movimento e músico do Grupo Acaba, Moacir Lacerda diz que a preocupação é para que haja ação rápida, antes que a chuva piore o cenário. “É uma ação de amor, não queremos que acabe numa situação como deixaram acontecer com o Rio Taquari. Cobramos também pelo salvamento dos rios de Bonito, Rio Verde, pressionando quem pode agir”, diz.

Solução?

Ainda em março, o titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, anunciou que prefeitura de Campo Grande, em parceria com o governo do estado, iriam intervir para retirar os sedimentos do lago e evitar que a situação se repetisse. Em abril, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) criou comissão especial para estudar as medidas e o cronograma de ações.

Uma das principais intervenções da prefeitura deve acontecer no Córrego Reveillon, que atravessa os altos da Avenida Mato Grosso e adentra o Parque das Nações Indígenas. Uma bacia de contenção deve ser aberta acima da nascente do córrego para impedir que os sedimentos continuem descendo livremente por seu leito em direção ao interior do parque.

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