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Campo Grande

31/07/2018 15:57

Juiz vira alvo do CNJ e diz que foi enganado por advogada suspeita de fraude

Emmanuelle Alves Ferreira da Silva foi presa por supostamente aplicar golpe em um aposentado carioca

O juiz Paulo Afonso de Oliveira, titular da 2ª Vara Cível de Campo Grande, esclareceu, em entrevista coletiva nesta terça-feira (31), que não sabia que a  advogada Emmanuelle Alves Ferreira da Silva, presa por golpe milionário na venda de uma fazenda, usou uma assinatura falsa para conseguir parecer favorável dele. O fato da suspeita ser mulher de um juiz da Capital  motivou o Conselho Nacional de Justiça a investigar Oliveira.

Emmanuelle foi presa pela Polícia Civil nessa segunda-feira (30). Ela teria inventado a venda de uma fazenda em Tangará da Serra (MT) e apontou como comprador um aposentado que mora em Petrópolis (RJ). A suspeita então entrou na Justiça dizendo que a vítima não teria pago a quantia da negociação e pediu bloqueio de bens da conta dele, o que foi feito.

O bloqueio dos bens foi autorizado pelo juiz Paulo Afonso de Oliveira, de Campo Grande, mas ele alega que ela apresentou documento falso em nome do falso vendedor da fazenda (João Nascimento dos Santos) e, por isso, autorizou a transferência do dinheiro para o nome dela.

''Eu achei que era um procedimento 'normal' e por isso autorizei a retirar o dinheiro da conta do idoso'', justificou Oliveira.

O magistrado alega que a defesa da vítima perdeu o prazo para recorrer da decisão e o processo seguiu para execução da dívida. Paulo diz ainda que, após ser informado pelo delegado responsável pela investigação, de que a assinatura era falsa, revogou a decisão e determinou que a advogada devolvesse o dinheiro.

Magistrado alega que foi enganado por decisão favorável

Suspeita Emmanuelle ao lado do marido juiz, Aldo Ferreira da Silva Jr. (Foto: Reprodução Fernando Soares)

Na fase seguinte do processo, o juiz Paulo entrou em férias e o magistrado substituto, Thiago Tanaka, ordenou o bloqueio de bens da conta da advogada.

Paulo Oliveira destacou que, se pudesse voltar no tempo, sem saber do caso como sabe hoje, tomaria a mesma decisão favorável a advogada, por não saber que se tratava de um golpe.

Para a defesa do idoso vítima do estelionato, o fato de Emmanuelle ser esposa do juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior, da 5ª Vara de Sucessões da Capital, que por sua vez trabalha com Paulo Oliveira, deixa suspeitas no ar e por isso acionou o CNJ, que agora vai investigar o magistrado.

Investigação

Na semana passada, José Geraldo Tadeu de Oliveira, Delcinei Custódio e Ronei Pécora foram presos por executar o golpe contra o idoso. Emmanuelle, segundo a polícia, seria mentora da trama.

O trio, segundo a polícia, foi preso quando tentava transferir a grande quantia em dinheiro para uma outra conta.

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