Juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, lamentou, nesta sexta-feira (7), que não tenha havido acordo entre Prefeitura e Defensoria Pública sobre adotar o lockdown. No entanto, disse que o debate entre as partes sobre o assunto foi um marco para as instituições.
José Henrique disse que o objetivo da audiência era conciliar as partes para beneficiar a população no geral, mas, infelizmente não houve acordo. Ele destacou que a discussão sobre as medidas que se devem adotar sobre a pandemia ''evoluiu muito''.
''...muitos dados foram apresentados por todas as partes...nós aprendemos muito com isso, a gente desenvolve muito com isso e contribuiu para que o diálogo continue para o benefício de todos. A audiência foi um marco'', definiu o magistrado.
Audiência reuniu prefeitura e DPMS. (Foto: Willian Leite)
Como não houve acordo, o processo segue o trâmite normal e agora um magistrado irá avaliar se atende ou não o pedido da Defensoria Pública para decretar o isolamento social severo. A DPMS alega que, se não houver fechamento do comércio não essencial, a Saúde da cidade viverá um colapso dentro de 15 dias.
A Prefeitura de Campo Grande já se manifestou contrária à medida, alegando que há outras ações que podem frear o avanço da covid-19, como a conscientização da população e medidas de biossegurança.
Estiveram presentes na audiência membros do Ministério Público Estadual e da Federação das Indústrias de MS.