O juiz Mario José Esbalqueiro Júnior, de Campo Grande, acabou com o impasse e resolveu manter Jamil Name e o filho, Jamil Name Filho, por mais três anos no Presídio Federal de Mossoró (RN). O retorno dos dois chefes de organização criminosa estava programado para o próximo dia 5 de outubro.
Mario José acolheu o pedido do Garras e do Ministério Público Estadual de MS, que aponta pai e filho como lideranças da organização criminosa. Além disso, o magistrado citou diversos eventos que reforçaram a necessidade de manter os dois em unidade federal.
‘’Planejamento de atentado ao delegado, apurado ainda no presídio federal; outro preso da mesma operação Omertà flagrado mantendo contato via celular de dentro do presídio estadual, enquanto negociava fuzil para o ‘’pessoal’’; planejamento de atentado comunicado pelo Depen, isso já no presídio de Mossoró; afirmação do preso que tem milhões para conseguir sua liberdade e, recentemente ameaça de morte à testemunha durante audiência de instrução e julgamento de 2020’’, escreveu o magistrado.
O juiz Esbalqueiro observou que as doenças alegadas por Jamil Name são comuns e que a unidade federal tem condições para promover tratamento adequado, contrariando assim o pedido da defesa. Já Jamilzinho, alegou que sua defesa foi impedida de atuar em razão da pandemia, ao que o juiz respondeu que essa dificuldade se estendeu a todos os presidiários.
Policiais
O pedido de retorno para presídio de Mato Grosso do Sul também havia sido feito pela defesa dos policiais civis, Marcio Cavalcante da Silva e Vladenilson Daniel Olmedo. O juiz decidiu que eles podem retornar, já que aos dois não há registro de condutas reprováveis durante a estadia no presídio federal.
Ainda conforme a decisão do juiz, por questão de segurança, os dois devem ser colocados no Presídio de Regime Fechado da Gameleira, e em cela especial, já que são ou foram policiais.