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Campo Grande

14/12/2021 17:00

Jovem reclama que cadela adotada no CCZ de Campo Grande estava doente

Em menos de uma semana, animal ficou com saúde debilitada e, mesmo após internação, não resistiu

Uma jovem desabafou nas redes sociais sobre as condições dos filhotes disponíveis para adoção no Centro de Controle e Zoonose de Campo Grande. No texto, ela revela que uma cachorrinha, a Pink, veio com a doença da parvovirose e não resistiu dias após ser adotada.

A publicação também viralizou em um grupo no Facebook em que a mulher decidiu contar a situação que passou com sua mãe.

O drama começou no dia 27 de novembro, quando a mãe da jovem decidiu adotar uma cachorrinha na própria sede do CCZ. Até então, o animal aparentava estar saudável e a família fez todos os procedimentos e a levou para uma clínica veterinária para tomar vermífugo.

Como indicado pelos veterinários, o animal receberia a vacina depois da atuação do medicamento. No entanto, três dias depois, a cachorrinha começou a passar mal, tendo vômitos, diarreia e sem apetite.

"Minha mãe novamente a levou no veterinário e ela foi medicada, teve que ser internada com o diagnóstico de parvovirose", disse a jovem nas redes sociais. "Já veio com a doença do CCZ, a cachorrinha, mesmo internada e sendo medicada, não resistiu e morreu", acrescentou.

Segundo ela, uma colega de trabalho passou pela mesma situação, mas desta vez em uma feira de adoção realizada pela prefeitura de Campo Grande, onde o animal adotado também estava com a doença e morreu.

A jovem disse que Pink foi muito amada e que a família fez o possível e impossível para ela ficar bem. "Infelizmente, a falta de cuidado do CCZ fez com que ela ficasse doente e não resistiu".

Em nota, a prefeitura destacou que os animais que o CCZ recebe, em sua maioria, foram abandonados. Por isso, há um controle rígido no que diz respeito a exames clínicos básicos, vermifugação e aplicação de parasiticida para eliminar pulgas e carrapatos.

Porém, como a parvovirose não está inserida na categoria de doenças zoonoses, a realização de testes não acontece no órgão.

"A realização de testes para gastroenterites e/ou encefalites (cinomose e parvovirose) não está dentro das prerrogativas do órgão, pois estas doenças não são consideradas zoonoses, ou seja, não são transmitidas para o ser humano. Desta forma, não é possível ofertar este tipo de serviço, pelo fato do mesmo não estar previsto no que é estabelecido pelo Sistema Único de Saúde", explicou.

Com a prerrogativa, as pessoas que estão adotando animais são informadas e orientadas a procurar um veterinário para realização de exames complementares e acompanhamento de rotina.

"Tão logo os médicos veterinários do CCZ detectam filhotes doentes nas ninhadas, estes são retirados da adoção e tratados, desta forma, nenhum animal nesta condição é posto para adoção. Os adotantes também são informados sobre a possibilidade de retornar com o animal ao CCZ caso apresente alguma alteração, porém cabe reiterar que, por serem animais de rua, não há qualquer histórico vacinal ou atestado sanitário precedente".

O que é parvovirose?

A parvovirose é uma doença causada pelo parvovírus canino, contagiosa e bastante grave, podendo acometer tanto cães filhotes e adultos. O vírus afeta as células intestinais do animal, causando inflamação no local.

A contaminação pelo vírus acontece em contato direto com secreções de um pet infectado, como fezes e vômitos, que podem acabar contaminando o piso e objetos como pote de comida e a cama do pet.

O vírus, por exemplo, pode permanecer por meses e até anos no ambiente contaminado.

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