O jornal O Estado de MS homenageou o chargista Marco Antônio Rosa Borges, 54 anos, cuja morte e esquartejamento foram descobertos nesta terça-feira (24), em Campo Grande. A empresa onde o profissional atuava o classificou como profissional de ‘’traço único’’. Para entender o crime, clique aqui
A empresa destacou que Marco Antônio atuava desde outubro de 2006, ilustrando as edições do jornal. A homenagem foi divulgada por meio de nota nesta teçra-feira.
“Foram 14 anos interruptos com informações em forma de charge, publicada sempre na página de Opinião do jornal. Aos familiares do Marcos, desejamos forças e muito amor para atravessar esta hora tão dolorida. Nossa redação, hoje, perde um combatente, mas o legado do Marcos Borges continua em nossas páginas e na lembrança dos nossos leitores’, diz o texto.
O editor do jornal, Bruno Arce, também prestou uma homenagem ao profissional.
“Perdemos em um crime brutal o nosso chargista Marcos Borges, como era conhecido Marco Antonio Rosa Borges, de 54 anos. Na tarde de ontem, fomos surpreendidos pela notícia que não gostaríamos de dar nem receber. Ele foi assassinado brutalmente.
Desde outubro de 2006, Marcos ilustrava, com todo seu talento, fatos do cotidiano político, econômico e social de Mato Grosso do Sul, do Brasil e do mundo. Hoje, nossas páginas refletem um pouco da nossa tristeza com a partida precoce de Marcos. A redação toda sente pela forma que em ele se despediu da vida e do trabalho. O espaço que diariamente era ocupado por Marcos hoje traz a nossa tristeza. Estamos em luto.
O último trabalho de Marcos foi publicado na edição de domingo/segunda (23 de novembro). A charge retratava, de forma irônica, a alta dos preços no mercado imobiliário. Agora, não teremos mais os traços dele ilustrando nossa página de Opinião, como acontecia há 14 anos. Nem a presença frequente mesmo que a distância. Nosso contato com Marcos era diário, sempre após as calorosas reuniões de pauta. A charge do dia sempre era pauta importante. No período eleitoral, o trabalho de Marcos foi parar, também, na capa do jornal. Era uma forma de informar de um jeito diferenciado, mas, ainda, valorizá-lo.
Marcos estava desaparecido desde a manhã de sábado, quando saiu a pé de casa. Depois disso, não foi mais visto. Ontem, a Polícia Civil – a quem agradecemos pelo empenho – desvendou o crime. O motivo de tanta brutalidade nos deixa ainda mais perplexos e com os corações apertado, pois Marcos era uma pessoa sem inimizades, calma e companheira.
À família do Marcos, desejamos muita força e amor para, juntos, atravessarem este momento tão triste. O legado do nosso chargista fica em nossos corações e na lembrança dos leitores. Agora, esperamos por justiça!”