O agenciador de cargas, Jorge Alberto dos Santos Pereira, 51 anos, morreu, neste sábado (26), no Hospital Regional, em Campo Grande. O organismo dele foi atacado por uma bactéria e o único remédio possível virou raridade no País.
A informação foi confirmada pela filha dele, Andreia Padilha dos Santos Pereira, 26 anos.
Em 22 de junho, a filha explicou ao TopMídiaNews que a bactéria criou resistência a vários medicamentos, sendo a Polimixina B a única droga possível para recuperar Jorge.
No entanto, a droga se tornou raridade no mercado brasileiro, além de ser caríssima. A jovem fez apelo urgente pelo medicamento, já que o pai não poderia esperar sequer três dias.
Depois da campanha, Andreia conseguiu quatro ampolas, a R$ 200 cada. Porém, a quantidade ainda era insuficiente para reverter a piora do pai.
À época, a filha detalhou que Jorge precisaria tomar duas ampolas dessas por dia, ou seja, uma a cada 12 horas pelos próximos 10 dias para conseguir melhorar seu quadro de saúde e dar fim a bactéria que foi deixada pela covid-19.
Medo
Com problema respiratório por suspeita de covid, Jorge tinha medo de ir ao hospital e contrair doenças. Com a ajuda de amigos, ele conseguiu um cilindro de oxigênio.
No entanto, dias depois, ele se sentiu mal e precisou ser levado pelo Samu até o HR. Lá, ele seguiu na luta contra o problema respiratório, até entrar em óbito.