Depois de apontar o setor da saúde como a queixa de número 1 da população de Campo Grande, o Itop (Instituto TopMídia de Pesquisa) revelou que a segunda maior reclamação do campo-grandense tem a ver com a violência e a desacertada falta de segurança na capital de Mato Grosso do Sul, onde vivem perto de 900 mil pessoas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na pesquisa do Itop, 1.562 pessoas foram ouvidas e, 39.5% do montante indicaram falhas na segurança pública, como falta de polícia/policiamento, menores dependentes químicos nas ruas, pontos de vendas de droga e assaltos/roubos frequentes.
A saúde dominou o pico do levantamento: 54% dos pesquisados assinalaram que nas unidades públicas de atendimento pacientes não acham medicamentos, notam falta de médicos e ainda sofrem com a demora na hora de agendar consultas, exames laboratoriais ou cirurgias.
No estudo indicando que a segurança pública é segundo ponto mais fraco do serviço público prestado na cidade, a violência destaca-se assim que os entrevistadores perguntam: já foi vítima de assalto/roubo ou conhece vítima assalto/roubo?
Pelo diagnóstico do Itop, 23% dos pesquisados disseram sim quando questionados se já tinham sido assaltados. E 32% revelaram que conheciam vítimas de assaltos. Ou seja, mais da metade dos entrevistados já experimentaram ou sabem a infelicidade que é enfrentar os ataques de ladrões.
Para recolher os dados que indicam os maiores problemas/dificuldades enfrentados pelos moradores de Campo Grande, pesquisadores do Itop se espalharam por toda a cidade.
Na região urbana do centro – onde ficam os bairros Amambai, Planalto, centro da cidade, São Francisco, Monte Líbano e Jardim dos Estados – sobe o percentual que aponta a violência como um dos serviços públicos mais desamparados pelo poder público.
Nessa região, 79% dos entrevistados – quase 8 a cada 10 – disseram aos pesquisadores que já foram assaltados ou têm amigos que também foram atacados.
Num trecho da pesquisa os entrevistadores publicaram depoimentos de pessoas descontentes o setor de segurança da cidade.
Dinarte, de 41 anos, comerciante, nascido em Rio Negro (MS), mora em Campo Grande há 19 anos. “As pessoas estão vivendo com medo”, disse ele que revelou ainda que a loja que toca já foi invadida por ladrões armados.