Internada há oito dias na Santa Casa de Campo Grande com fortes dores abdominais, a diarista Lucineide Oliveira de Jesus, 32 anos, é mais uma vítima do descaso do poder público com a saúde da população. Com pedras na vesícula, ela aguarda pela realização de cirurgia desde o ano passado.

“Eu comecei a sentir dor e procurei o médico. Ele pediu um ultrassom do abdômen e descobri que estava com pedra na vesícula. Assim que levei o resultado, ele pediu para marcar a cirurgia, mas fiquei esperando para fazer e nada. De uns dias pra cá tive muitas crises e, no dia 10, vim às seis horas saber noticias da minha avó quando deu uma crise muito forte e fiquei internada. Era para fazer a cirurgia, mas falaram que não tem material”, conta.

Em desabafo no Facebook, Lucineide relata sobre o sofrimento que está sentindo. “Quase morri de tanta dor e até agora estou tendo crise. Fiz tudo pra fazer a cirurgia e, nesse momento, me chega a médica e diz que é pra eu ir embora porque o centro cirúrgico está bloqueado. Só está fazendo cirurgia grave por falta de material”.

A assessoria da Santa Casa admitiu falta de materiais cirúrgicos na semana passada, mas destacou que os estoques já foram regularizados e se comprometeu a verificar a situação da paciente. No entanto, até o fechamento desta matéria, nenhum retorno foi encaminhado para a reportagem.