O desgaste físico e emocional se tornou problema constante para funcionários dos EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil) - antigos Ceinfs (Centros de Educação Infantil) - em Campo Grande.
Segundo uma assistente de educação infantil do Emei Michele Locatelli, no bairro Aero Rancho, que terá o nome preservado, diversas profissionais estão adoecendo e saindo do serviço, e que não há contratação de novos profissionais.
"É um trabalho escravo, ninguém imagina que é um trabalho totalmente diferente do que propõe o edital”. “Estamos sobrecarregadas, adoecendo, não mudam a carga horária para 6h. Não têm sido fácil. Eles alegam que a gente entrou sabendo que seria 8h de trabalho, no entanto muita gente pediu pra sair, sobrecarregando a gente. Fora os descontos absurdos, tem gente recebendo R$ 400, o salário não é muito. Tudo que se refere à classe está difícil”, finaliza.
Semed
Em nota, a assessoria de imprensa de Semed informou que realizou, ano passado, Processo Seletivo Simplificado para o cargo de Assistente de Educação Infantil, do qual foram recebidas 15 mil inscrições. Quanto a reajuste salarial, como se trata de processo seletivo, a remuneração e a jornada de trabalho são estabelecidas no edital que normatiza o processo, sendo assim não existe possibilidade de alteração.
Já sobre o remanejamento de assistentes para atender outras salas, a direção da EMEI informou que faz essa ação para atender demandas da unidade, porém nunca deixa a sala onde o aluno com necessidade especial estuda sem duas assistentes quando o número de alunos está completo, ou seja, somando 25 crianças.