Idosa de 70 anos pediu menina protetiva após ser ameaçada pela própria filha, de 47 anos, que tentou coagi-la e conseguir dinheiro com um falso diagnóstico de câncer. A medida foi solicitada após denúncia por perseguição, registrada na DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher), em Campo Grande, no dia 29 de setembro deste ano.
A pedido de medida protetiva também foi solicitado devido a uma vontade da suspeita, que tenta obrigar a idosa, que possui uma casa aos fundos de onde mora, a alugar a residência para ela. Apesar do pedido, a idosa decidiu por não representar criminalmente contra a filha.
A mulher, de 47 anos, fingiu ter câncer e ameaçou a própria mãe para conseguir "arrancar" dinheiro dela para tratar a falsa doença. A estelionatária, mesmo após conseguir ajuda dos familiares, exigiu que a mãe fizesse transferências de até R$ 50 mil.
Segundo informações do registro de ocorrência, registado na DEAM, a idosa se negou a transferir os valores exorbitantes a filha estelionatária, o que fez com que a mulher ficasse transtornada e tentasse coagi-los, dizendo: "EU SEI QUE EU ESTOU ERRADA, MAS É ÚNICA FORMA DE CONSEGUIR DINHEIRO, É JOGAR SUJO. VOU FALAR MAL DE VOCÊS PARA TODA A FAMÍLIA."
No total, a estelionatária conseguiu extorquir a família em mais de $ 40 mil da família e dos amigos, que se reuniram e fizeram diversos empréstimos para ajudar a custear as despesas do tratamento dela, que, segundo o falso laudo, teria sido diagnosticada com câncer no reto, útero, ovário e rim.
Segundo a estelionatária o plano de saúde não estaria cobrindo os custos dos medicamentos, razão pela qual toda a família se mobilizou para arrecadar fundos para o tratamento.
A irmã desconfiou da farsa após receber a foto de um suposto laudo médico e procurou o Hospital do Câncer Alfredo Abrão e apresentou o atestado, momento em que foi constatada a fraude no documento.
O médico que teria fornecido o laudo informou a irmã da suspeita que não reconhece o documento e o nome da mulher não está cadastrado em nenhum banco de dados de pacientes que realizam tratamento quimioterápico ou qualquer outro relacionado ao câncer.
Segundo informações do registro policial, a suspeita teria dito que passou por uma cirurgia para retirada de nódulos e estaria passando por quimioterapia, tendo raspado a cabeça.
Em razão da doença a suspeita teria saído do emprego em marco deste ano perdendo o plano de saúde, o que aumentou ainda mais as despesas.
porém, no dia 1 de outubro, a irmã da estelionatária descobriu que o tratamento não passava de uma farsa. Diante da fraude a comunicante continuou buscando pelos exames da irmã, e constatou que os exames realizados não possuem diagnóstico de câncer, ficando claro que as alegações de suspeita não passaram de mentiras.
O caso foi registrado da 6ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, como estelionato e falsidade ideológica, e será investigado.