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Campo Grande

01/03/2017 18:10

Idosa de 79 anos cai e fratura o rosto em rua sem luz nem asfalto no Parque Lageado

Em um dos postes, em vez de lâmpada há um ninho de passarinho

Uma idosa de 79 anos foi a mais recente vítima da falta de iluminação pública e asfalto, na Rua Osvaldo Santos, no Bairro Lageado, em Campo Grande. Tereza de Jesus Freitas teve duas fraturas no rosto, ao tropeçar em uma pedra quando voltava da igreja, na noite do dia 21 de fevereiro. 

Iluminação

Em um dos postes, quase na esquina das ruas doutor Osvaldo dos Santos com a Benedito Maria de Figueiredo, no lugar de uma das lâmpadas há um ninho de passarinho. Eu outro poste não há nenhuma lâmpada e, poucos metros depois, existe um que funciona, mas só de dia. 

Idosa sente dores e passará por tratamento complexo

(Em lugar da lâmpada, há um ninho de passarinho - Foto: Thiago de Souza)

Asfalto

A erosão atingiu intensamente um trecho da Rua doutor Osvaldo dos Santos e compromete a passagem dos carros. As pedras grandes em diversas ruas do bairro, as mesmas que derrubaram dona Tereza, foram trazidas pela enxurrada. Quando chove os moradores relatam que a situação fica pior.  

Idosa sente dores e passará por tratamento complexo

(Erosão dificulta passagem de carros e causa risco de acidentes - Foto: Thiago de Souza)

Dor e humilhação

No dia do acidente, dona Tereza estava acompanhada de duas mulheres colegas da igreja. Assim que caiu e bateu a boca no chão, a idosa foi levada para o UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon, e de lá, devido a gravidade, foi transferida para a Santa Casa de Campo Grande. 

''Parece que sofri um derrame'', conta a vítima, ainda com a voz embargada, já que sente dores em todo o rosto. Além disso, o pescoço dela está todo com hematomas. Ela ainda tem dificuldades para caminhar e mal conseguiu abrir o portão de casa para a reportagem.  

Idosa sente dores e passará por tratamento complexo

(Além das fraturas no rosto, Tereza machucou o joelho na rua - Foto: Thiago de Souza)

A filha de dona Tereza, Mari Freitas, conta que na noite do acidente, a mãe tirou uma radiografia no UPA Leblon, e que nada de fratura foi constatada. ''Quando cheguei em casa, minha mãe começou a se sentir mal, com muitas dores, aí buscamos ajuda novamente. Já na Santa Casa um outro médico descobriu que ela tinha fraturas na face'', relatou.  Além disso, a filha destaca a gravidade do acidente. ''O médico falou que ela poderia ter morrido''.  

Freitas diz ainda que são muitos os transtornos por conta do acidente. ''Depois disso minha mãe ficou mais fraca, mas sensível. A alimentação dela, que já era bem restrita, agora é só na base da sopa. Tive de faltar no trabalho, pois meu horário é à noite'', desabafou. 

Ainda de acordo com Mari, que mora com a mãe há pelo menos 12 anos na rua, a situação sempre foi a mesma. Ela diz que vai providenciar uma advogada para ver o que pode fazer diante da situação e cobrar a aplicação da taxa de iluminação pública, que deve voltar a ser descontada dos consumidores neste mês. 

Revolta

A situação é tão caótica no bairro, que assim que a equipe de reportagem chegou ao local, sem nem precisar fazer nenhuma pergunta,  um grupo de moradores já foi apontando todas as mazelas do bairro, que hoje, é considerado abandonado por eles. ''Há quarenta anos é assim no Lageado, tiram fotos mas nunca fizeram nada. Manda isso aí para o prefeito ler'', disparou uma das moradoras. 

Resposta

A prefeitura de Campo Grande informou que na atual gestão já trocou mais de cinco mil lâmpadas nas ruas da cidade, atendendo a demanda gerada pela central de teleatendimento. Disse ainda que não recebeu os repasses da Cosip (Taxa de iluminação pública), estimada em R$ 7 milhões por mês, porém não estimou prazo para resolver o problema. 

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