Após horas de espera, dois homens passaram mal, no final da tarde desta segunda-feira (15), na UPA Universitário, em Campo Grande. Um deles chegou a ficar caído na recepção, que estava lotada naquele momento.

Segundo uma testemunha, um dos homens chegou na unidade carregado, ficou mais de uma hora aguardando atendimento e por diversas vezes ele foi à sala de enfermagem onde comunicou que não estava bem e pediram para ele aguardar.

Já em relação ao outro paciente, a testemunha afirmou que aconteceu o mesmo. Nesse caso a esposa do paciente foi até sala de enfermagem e pediu para passá-lo na frente dos demais pacientes, solicitou um médico, mas também foi pedido que aguardasse o atendimento.

“O rapaz que estava do meu lado estava com princípio de infarto, passando mal e ninguém o atendeu. Esperaram ele cair no chão para que as enfermeiras fosse atender ele”, relatou a testemunha.

A testemunha relatou que os pacientes foram socorridos, sendo um com princípio de infarto e o outro com suspeita de AVC e o que mais preocupa, segundo o denunciante, é que mesmo diante da gravidade, ambos os pacientes foram liberados.

“Quando o rapaz caiu, ainda demoraram de 10 a 15 minutos para retirar o rapaz. O outro que estava infartado entrou para a sala e depois foi liberado para casa, correndo até o risco de morrer”, disse a testemunha.

Veja a nota da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) sobre o caso: 

Segundo relato da unidade, os dois pacientes deram entrada na unidade e foram classificados dentro do tempo protocolar. A unidade estava realmente com uma demanda alta de pacientes, como ocorre todas as segundas-feiras nas unidades da urgência, sendo que, somente na UPA Universitário foram 685 pessoas atendidas.

Um destes pacientes teria deitado no chão da unidade, e não caído, como informado. Outra paciente, que também aguardava atendimento, cedeu o assento dela enquanto a enfermeira buscava a cadeira de rodas, a qual foi direcionada para o paciente. Segundo o prontuario Helper o ele abriu ficha as 18:43 e 18:45 foi classificado como Amarelo, passando por atendimento médico também dentro do tempo protocolar.

Ambos os pacientes foram atendidos e liberados, o que não confirmaria a hipotese de Infarto e nem de AVC, uma vez que, para estes casos, a unidade conta com aparelhos que iriam realizar o diagnóstico em tempo hábil, facilitando, assim, o acesso ao tratamento de ambos.

* Matéria editada às 10h18 de 16/4 para acréscimo de posição da Sesau