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Campo Grande

09/06/2018 09:30

Operando há quase 2 anos na Capital, Uber virou 'queridinha' da população e garantia de renda extra

Preço é um dos atrativos do aplicativo de transporte, que agora enfrenta concorrentes como a 99POP e a Urban

A Uber chegou a Campo Grande no dia 22 de setembro de 2016. De lá pra cá, ao longo desses quase dois anos, ganhou vários adeptos, tanto em relação a passageiros, quanto a motoristas que viram no aplicativo uma forma de renda extra. Mas nem tudo são flores. Durante esse tempo, a Uber enfrentou batalhas judiciais e quase perdeu o direito de funcionar na cidade.

Para quem utilizava o transporte coletivo ou táxi, a Uber chegou em boa hora, como é o caso da secretária executiva Thais Guenka, 30 anos. Assídua, ela usa o aplicativo quase que diariamente e vê no preço uma ótima vantagem em relação aos outros meios de transporte. ''Antes utilizava muito ônibus e táxi, sendo mais o táxi. As vantagens da Uber são o preço, agilidade e a questão da logística também", explicou.

O estudante de odontologia Matheus Cavalheiro, 20 anos, usa a Uber pelo menos duas vezes na semana. ''Gosto da facilidade que o mesmo me proporciona. Sei quanto vou pagar e qual trajeto o motorista vai fazer. Antes eu usava bastante o transporte coletivo, mas devido a agilidade da Uber, acabei abandonando o ônibus".

A segurança e conforto são motivos para a estudante de fisioterapia Meyene Duque Weber, 22 anos, ser cliente fiel da empresa. ''A Uber na cidade facilitou muito a vida das pessoas. É muito mais barato que o táxi e mais confortável e acessível do que o mototáxi. Considero um aplicativo seguro e muito fácil de usar".

No decorrer dos meses de funcionamento, a Uber também tem ganhado cada vez mais adeptos que utilizam o aplicativo como uma forma de complementar a renda no final do mês. A estudante de direito e subgerente de um salão de beleza Kátia Lara da Silva, 31 anos, trabalha como motorista da Uber desde outubro do ano passado.

(Equipe de reportagem do TopMídiaNews testou o aplicativo no primeiro dia de funcionamento na cidade. Foto: André de Abreu)

''Tenho meu emprego fixo e faço Uber também, que é um dinheiro extra que acaba ajudando nas despesas do dia a dia, como alimentação, passeios, gasolina e etc", contou.

Briga judicial 

A regulamentação da Uber em Campo Grande gerou polêmica e vários protestos por parte dos motoristas. Em julho do ano passado, mais de 600 motoristas foram às ruas protestar contra os pontos da regulamentação impostas pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD). Os pontos do decreto municipal 13.157 mais criticados pelos 'uberistas' foram a necessidade de placas vermelhas nos veículos, exigência de carros com máximo de cinco anos de fabricação e no nome do motorista, além de 7% de imposto sobre o valor do quilômetro rodado.    

O decreto foi suspenso pelo juiz David de Oliveira Gomes, da 2ª Vara de Direitos Difusos Coletivos Individuais Homogêneos de Campo Grande. A decisão atendeu pedido do Ministério Público Estadual, que entre outras questões, disse que o decreto municipal invadia competência da União e ofendia do direito do consumidor.

Agora projeto que estabelece regras para o serviço foi aprovado no Congresso Nacional e depende da prefeitura fazer uma nova regulamentação, com base no texto discutido nacionalmente.

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