Moradores do Guanandi, região do Anhanduizinho, em Campo Grande, são um dos mais afetados pelos buracos abertos nas vias públicas. Pelo menos 25 pedidos emergenciais foram encaminhados na última terça-feira (24) ao Executivo, por meio de indicações do vereador William Maksoud (PMN), solicitando reparos, em sua maioria para o bairro em específico.
Segundo estimativa da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, Campo Grande tem uma malha viária pavimentada de 2.800 quilômetros, dos quais, aproximadamente 1.500 quilômetros precisam ser recapeados. “São malhas que já têm 30 anos, sendo que o tempo médio de vida útil do asfalto varia entre 10 a 15 anos”, lembra o parlamentar.
Depois de passar por atrasos em virtude de 12 pedidos de recursos e impugnações, a licitação do tapa-buraco - iniciada dia 29 de maio do ano passado - atraiu 22 empresas, com 84 propostas para os sete lotes em que o certame foi dividido. A disputa barateou 22,38% o valor dos contratos, válidos por um ano, gerando uma economia de R$ 9.812.1124,61, diferença entre o custo inicial, orçado em R$ 43.826.435,98, e o valor total das propostas vencedoras, R$ 34.014.311,37, por contratos de um ano.
Na Região Urbana do Anhanduizinho, a concorrência garantiu um deságio de 20,59%. A MR & Locação venceu a disputa, orçando o serviço de um ano por R$ 6.575.564,27 , redução de R$ 1.705.404,99 sobre o valor inicial fixado em R$ 8.280.969.,26.
Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), os novos contratos trazem clausulas que garantem maior transparência e controle que vão ajudar na fiscalização da qualidade do serviço.
Vereador William Maksoud. Foto: Reprodução / Izaias.
Um dos dispositivos prevê, por exemplo, segundo o prefeito Marquinhos Trad , que antes de ser feito o remendo no pavimento, a empresa faça um inventário completo do trecho onde intervirá: os buracos serão fotografados, sendo cada um deles medido para que se tenha a quantidade exata de massa asfáltica a ser utilizada.
O mesmo registro fotográfico será feito quando o tapa-buraco estiver pronto. Com base neste levantamento, os engenheiros da secretaria vão indicar, por exemplo, os trechos do tapa-buraco onde será preciso fazer o microrrevestimento asfáltico, que garante maior durabilidade ao remendo, porque impermeabiliza o pavimento, fecha fendas por onde água a infiltra e daí surgem novos buracos.
“É um processo mais complexo, porém mais transparente, o que nos assegura que o serviço está de fato sendo realizado, enquanto o recapeamento não vem”, conclui o vereador.