A gestão da prefeita Adriane Lopes (Patriota) continua polêmica, em Campo Grande. A atual administração abriga um professor que já foi preso por armazenar pornografia infantil. Em novembro deste ano, o provento do docente chegou a quase R$ 5 mil.
Conforme apurado pelo TopMídiaNews, Raphael Jesus Brittes era vocalista de uma banda famosa na Capital, além de professor. Ele foi preso em operação da Polícia Civil, a ‘’Deep Caught’’, em agosto de 2020, com farto material pornográfico, envolvendo crianças e teria confessado ter posse das imagens.
À época, ele dava aulas em escolas estaduais, em Campo Grande. Porém, em dezembro daquele ano, a Secretaria Estadual de Educação, a SED, removeu Raphael do quadro permanente de professores de três escolas na Capital.
Ainda conforme a decisão, o então suspeito de pedofilia foi mandado para o Centro de Apoio Educacional da SED, para permanecer trabalhando no período vespertino. Já em junho de 2021, o procedimento administrativo foi encerrado e Raphael demitido do Estado.
REME
Na Rede Municipal de Educação, consta que Brittes foi admitido em 2008. Ao contrário do ocorrido na esfera estadual, o nome de Brittes ainda segue como professor no Portal da Transparência da Prefeitura.
O docente, lotado na Secretaria Municipal de Educação, recebeu, referente a novembro, R$ 4.896 (bruto).
Deep Caught
A prisão do professor e vocalista se deu no dia 11 de agosto, no âmbito da 2ª fase da Operação Deep Caught, deflagrada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, em Campo Grande.
Na ocasião foram cumpridos sete mandados de prisão, uma na primeira fase e a do professor na segunda etapa. Os agentes recolheram aparelhos diversos, que armazenavam material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.
O nome da operação é em alusão a um espaço a um ambiente da internet, conhecido como ‘’Deep Web’’. É nesse local virtual que criminosos costumam atuar livremente, em razão do rastreio de informações e identificação dos usuários serem mais difíceis que na internet ‘’comum’’.
O espaço está aberto para manifestação da defesa de Raphael Jesus Brittes. Já a Prefeitura de Campo Grande encaminhou a seguinte nota, reproduzida na íntegra:
'O referido servidor é do quadro efetivo de profissionais da Rede Municipal de Ensino (REME) desde 2008. Por determinação da Justiça Federal, que estabeleceu como medida cautelar a suspensão do exercício das atividades que exercia como professor de educação física (até agosto de 2020) e afastamento de quaisquer outras atividades em que lhe permita contato com crianças ou adolescentes, o profissional não cumpre expediente em unidades escolares.
A Secretaria Municipal de Educação (SEMED) esclarece que desde setembro de 2020, a ordem da Justiça Federal é cumprida e todas as providências foram adotadas para garantir o afastamento do profissional do ambiente escolar.
Atualmente, a função exercida pelo professor é na área operacional da SEMED, sem nenhum tipo de contato com crianças e adolescentes no ambiente de trabalho. A SEMED esclarece que aguarda o desfecho judicial do caso, e que vai cumprir todas as determinações judiciais oficialmente comunicadas a respeito do servidor'.
(matéria editada às 09h05 de 17/12/2022 para acréscimo da posição da Prefeitura Municipal)