Testemunhas que presenciaram a morte de Pedro Teixeira dos Santos, na manhã desta quinta-feira (12), no Hospital Regional, em Campo Grande, disseram que a vítima gemia e chorava de dor, pedindo para ser atendido. O caso foi compartilhado por outros pacientes depois que o idoso teve uma parada cardiorrespiratória e morreu na cadeira.
Segundo relato de uma das testemunhas que contou ao TopMídiaNews sobre o caso. Pedro estava acompanhado da esposa e gritava e chorava de dor.
"Eu tava lá, ele estava chorando de dor, acompanhante dele pedindo atendimento, e a moça da triagem falou que lá todo mundo estava com dor que não era só ele, tadinho", lembra a mulher.
Ainda conforme relato da testemunha, Pedro estava com sonda e gemendo de dor. "Ele falava a todo tempo que tava com dor, a moça da triagem falou que só tinha 1 médico para atender todos", comenta.
Outra testemunha que também falou com a reportagem informou que houve negligência com o idoso que estava no hospital desde às 8h da manhã e morreu depois das 11h.
Imagina, das 8h às 11h. Foi totalmente negligência, ele tava gemendo de dor", disse a segunda testemunha que preferiu não se identificar, mas gravou o idoso sendo socorrido e recebendo massagem cardiorrespiratória.
A reportagem entrou em contato com a família, mas abalada, a esposa não teve condições de falar a respeito da perda.
Em contato com a reportagem, o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul informou que irá apurar, com abertura de procedimento, as causas que levaram o óbito do paciente, após dar entrada no PAM (Pronto Atendimento Médico).
"O hospital esclarece que o PAM segue rigorosos protocolos de triagem baseados na Classificação de Risco dos pacientes que demandam atendimento. No horário do ocorrido, havia superlotação, com quase três vezes mais pacientes do que a capacidade de atendimento. O HRMS orienta a população que o atendimento médico inicial seja feito em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) ou em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), para que a regulação médica execute a transferência, conforme a complexidade de cada caso", disse em nota.