Um gato é a sensação do momento para quem passa pela Praça Ary Coelho, localizada no Centro de Campo Grande, o nome dele: Miau Ceguinho, referência à deficiência do bichano, ele não enxerga dos dois olhos. Ele passa a maior parte do tempo deitado em sua rede e nem se incomoda com os ‘fãs’ e ‘admiradores’ que passam pelo local.
Seu dono é o Luiz Carlos Garcia, 54 anos, aposentado e artesão responsável pelo aconchego do felino. Ele fez a ‘cama’ para que Miau ficasse mais confortável do que no colo, devido ao calor dos últimos dias.
“Ele ficava à tarde toda no meu colo, no calor, via que ele não ficava tão confortável, como eu moro na praça dentro de um carro, decidi fazer a rede pra ele, e colocar aqui na praça enquanto fico por aqui”, ressalta Luiz, que afirma ainda que em 5 dias mais de 600 pessoas pararam para tirar foto ou apenas admirar o sossego do gatinho.
Sandra Regina, 52 anos, dona de casa, passava pela Praça e ficou admirada com a mansidão do bicho.
“Geralmente gato é arisco, o pessoal movimenta a rede e ele nem se mexe, ele é um gato muito manso pra ficar desse jeito, fica como se fosse gente’’, ressalta admirada.
Para outros isso mostra que gato é mais folgado que esperança de pobre, ditado popular conhecido nos anos 90.
O artesão revela que fica feliz com isso, que as pessoas às vezes passam ali triste e ao se deparar com a situação saem mais leves, e mais sorridentes. “Ele é meu filho, fico feliz em ver as pessoas felizes ao ver ele, e quem quiser aprender a fazer a rede eu ensino de graça”, finaliza.