Moradora do bairro Vespasiano Martins, em Campo Grande, Joselina Chimendes, 43 anos, fez da própria casa mais que um lar. No lugar, há 13 anos, ela fundou o Instituto Esperança Renovada, um projeto social que já ajudou dezenas de crianças em situação de vulnerabilidade.
O projeto, que começou de forma simples, oferece reforço escolar e alfabetização no contraturno das aulas regulares. Além disso, as crianças têm acesso a lanches preparados por Joselina.
"Nós oferecemos tudo de graça. Eu sempre digo para elas que, sem estudo, não têm futuro. Então, fazemos o possível para mantê-las longe das ruas", explica.
No entanto, Joselina administra o projeto sozinha, sem apoio financeiro de instituições ou governo, contando apenas com doações. Por conta das dificuldades financeiras, ela enfrenta dificuldades para manter a ação social.
"A conta de luz vem alta, chegou a R$ 950 neste mês. Eu não tenho como pagar isso sozinha. O projeto funciona na minha casa e as despesas dependem totalmente de mim. Infelizmente, precisei arrumar um trabalho porque até eu mesma estou passando necessidade em casa", desabafa.
Ela conta que o número de crianças atendidas varia de acordo com as condições do momento. "Já chegamos a atender 40 crianças. Algumas já foram alfabetizadas e cresceram. Outras sentem falta do projeto, mas eu não consigo expandir porque não tenho condições. Mesmo assim, acredito que este ano vai dar certo de voltar com força total".
Apesar das dificuldades, Joselina não desiste de realizar ações especiais em datas comemorativas, como Natal, Páscoa e Dia das Crianças. "No Natal, fizemos cartinhas para as crianças e quem quis ajudou com doações", conta.
Para ajuda mais, ela resolveu estudar
A vontade de ajudar mais e melhor motivou Joselina a ingressar na faculdade de Assistência Social. A decisão, porém, não foi fácil.
"Eu achava que nunca ia poder fazer uma faculdade. Trabalhando como empregada doméstica, pensava que nunca sairia daquela vida. Mas decidi tentar. No começo, a mensalidade era baixa, mas foi aumentando e ficou fora do orçamento. Tive que parar por dois anos", explica.
Determinada a concluir os estudos, Joselina começou a buscar formas alternativas de renda. "Fiz cursos gratuitos pela prefeitura. Comecei com manipulação de alimentos, depois fiz cursos de salgados, panetones e pães. No início, eu errava muito, mas persisti. Consegui pagar a faculdade vendendo pão caseiro e panetones. Não foi fácil, mas deu certo", diz orgulhosa.
Hoje, faltam apenas três matérias e o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) para finalizar o curso. Contudo, um novo obstáculo surgiu: o notebook que ela usava para estudar quebrou e não tem conserto.
Pedido de ajuda
Sem o notebook, Joselina enfrenta dificuldades para continuar os estudos. "Eu vi os preços e um novo é muito caro. Não tenho condições de comprar. Por isso, estou pedindo ajuda. Se alguém tiver um notebook usado, que não esteja mais utilizando, e puder doar, ficarei muito agradecida. É o que eu preciso para concluir o curso e continuar ajudando outras pessoas".
Ela reforça que a doação não é apenas para ela, mas também para o trabalho que realiza com as crianças. "O Instituto é a minha missão. Eu comecei isso para fazer o certo em prol do próximo. Se eu puder concluir a faculdade, vou poder ajudar ainda mais".
Quem puder ajudar Joselina, seja com a doação de um notebook ou contribuições financeiras para o projeto, pode entrar em contato pelo telefone (67) 99277-1733. Doações também podem ser feitas pelo PIX, chave CPF: 913.096.461-04.
Conheça mais sobre o projeto pela página no Instagram: @institutoesperancarenovad. Joselina também possui uma página para divulgar os pães caseiros que vende: jopaescaseiro.