Um funcionário do Consórcio Guaicurus, em Campo Grande, foi confundido com um possível 'fiscal de Uber' por um motorista do aplicativo, que filmou o homem  dentro de um carro com diversas câmeras, responsável por vigiar vans clandestinas na cidade. 

O motorista do aplicativo Uber alega que foi chamado para uma corrida e ao chegar ao local, na Avenida Afonso Pena, quase esquina com a Avenida Calógeras, percebeu que havia um carro com quatro câmeras de alta resolução e o condutor parado. Prontamente, o motorista sacou o celular e gravou o vídeo para denunciar uma suposta 'espionagem' contra os Ubers.  

Na gravação, de pouco mais de um minuto, o motorista do aplicativo diz: ''Recebi uma chamada de um Gol que está solicitando Ubers e aqui está ele, ó, parado, filmando todos os carros (do aplicativo)''. 

Ao ver que está sendo filmado, o funcionário do consórcio questiona: Pois não senhor?. Em seguida, quem está filmando pergunta: você está chamando tudo os Ubers aí e tirando foto de todo mundo né amigão?. Porém, o profissional não entendeu o que foi perguntado e respondeu que não seria um Uber, porém ele estava sendo 'acusado' de ser 'fiscal de Uber'. Ele diz ainda que já seria a terceira pessoa que o teria confundido com um motorista de Uber e diante da suspeita do homem que o filma, ele dá risada por conta do mal entendido. 

Porém, o motorista do Uber não acreditou na justificativa do rapaz e disse que 'ele seria filmado e iria para a rede' (rede social). 
Esclarecimento

O Consórcio Guaicurus, por meio de sua assessoria de imprensa,confirmou que o rapaz filmado pelo motorista de Uber é da empresa e trabalha no setor que auxilia a prefeitura na fiscalização de vans clandestinas e que essa informação que estaria espionando 'Uber' não procede. ''A pessoa não seria louca de chamar vários Ubers ali e correr o risco de apanhar'', disse o consórcio. 

''Não tem sentido pois nosso público é diferente do Uber. Quem pega ônibus não tem dinheiro para usar o Uber. Nossa preocupação é com vans que fazem transporte de passageiros de forma ilegal, e ajudamos a prefeitura a combater isso. 

Ainda segundo o consórcio, o motivo dessa confusão é o clima de instabilidade vivido entre motoristas de Uber, táxi, mototaxis e prefeitura e a empresa de ônibus nada tem a ver com essa questão. 

Fontes do TopMidiaNews disseram que há sim uma preocupação do consórcio em relação ao Uber, pois é possível perceber que grupo de pessoas se reúne e usa o aplicativo juntos em vez de tomar o coletivo. Ele citou o exemplo de mães e esposas de presos que vão visitar os entes aos finais de semana. ''Elas se reúnem e pagam o Uber, que dá o mesmo preço da passagem de ônibus e vão até o Jardim Noroeste'', explicou.   

Confira o vídeo: