Um bebê, de um ano e oito meses, que teve a mãe, Francielle Alcântara, 36 anos, torturada e morta, no Portal Caiobá, em Campo Grande, foi acolhido pela irmã, Érika Guimarães, 21 anos. O suspeito do crime, Adailton Freixeiro da Silva, 46 anos, está preso.
Depois do crime e da prisão do suspeito, a jovem buscou acolher o, agora, ‘’filho-irmão’’. O pequeno, mesmo sem saber, foi vítima de violência.
‘’Graças a Deus deu tudo certo... eu estou com a guarda provisória até conseguir o resto dos papéis [documentos]’’, celebrou Guimarães.
Érika contou aos jornalistas, na Delegacia de Atendimento à Mulher, em Campo Grande, que muitas pessoas se solidarizaram com a situação da criança.
‘’Graças a Deus, muitas pessoas doaram bastante roupinha, sapatinho... teve gente que doou dinheiro e leite, bolacha’’, se alegrou Érika, que já é mãe de um bebê de três meses.
Tortura e morte
Na delegacia, o delegado Camilo Kettenhuber desconfiou do caso e pediu informações sobre o estado do corpo. A suspeita dele foi confirmada e o IMOL confirmou lesões compatíveis com tortura.
A investigação ouviu familiares e o filho da vítima, que relataram que a mulher e o filho dela, um adolescente de 17 anos, sofreram tortura e violência psicológica por um mês.
A vítima sofreu tanta agressão física, que ela ficou sem pele nas nágedas, que já estava com a camada de gordura exposta, segundo a Polícia Civil.
O motivo de tanta violência, apurou o delegado, é que Adailton teria descoberto uma traição de Francielle e por isso passou a destruir a vida dela. Um dos filhos da vítima seria fruto de um relacionamento extraconjugal.
Como o caso envolve feminicídio, está nas mãos da Deam.