A família de Luan Kayky Alegre Teixeira, de 17 anos, pede justiça pela morte do adolescente, assassinado a tiros na madrugada desta terça-feira (31), no São Conrado, em Campo Grande. Segundo parentes, ele foi atingido pelos disparos durante um acerto de contas por dívidas de drogas. Luan, no entanto, não tinha envolvimento e estava apenas passando pela rua, quando acabou atingido.
Eles contam que o caso teria se iniciado em uma conveniência próxima, onde dois rapazes tiveram uma desavença com um traficante por causa de dívida de drogas que eles haviam consumido e não queriam pagar. Um dos homens, no entanto, teria ligado para o tio, que está preso, para que ele pagasse a dívida.
Com a dívida paga, ele e amigo teriam ido embora, porém o homem teria afirmado que voltaria armado para resolver a questão. Logo depois, o traficante também teria partido e se dirigiu para a casa de conhecidos, na Rua Sesquicentenário, onde ficou sentado na frente do imóvel com outras pessoas, contam familiares de Luan.
Foi neste momento que a tragédia teria acontecido. Luan Kayky caminhava pela rua a caminho da casa de amigos, e, ao chegar em frente a residência em que estava o traficante, um carro Fiat Pálio teria aparecido e efetuado os disparos em direção ao grupo.
Dois tiros acabaram acertando Luan, ferido no abdômen. Uma mulher também acabou atingida, mas sem gravidade.
"A briga começou em uma conveniência, e um dos envolvidos foi para essa casa onde ninguém tinha nada a ver com o episódio. O outro cara foi atrás e disparou no rumo da casa, acertando inocentes", contam.
O adolescente chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante a madrugada de 1º de janeiro. O suspeito do crime foi preso pela Polícia Militar logo após o atentado.
O velório de Luan começou na noite de quarta-feira na capela do Cemitério Memorial Park, e o enterro aconteceu no fim da tarde desta quinta-feira (2).
Segundo os familiares, desde a morte, eles estão sendo ameaçados e pressionados por conhecido dos envolvidos no crime. Apesar do receio, eles pedem justiça. "Queremos justiça, que vão para o presídio e paguem o que eles fizeram".