A família da transexual atacada de forma truculenta por dois homens no dia 18 deste mês, na Vila Sobrinho, em Campo Grande, prepara um manifesto pacífico para repudir os ataques, o crime e o ódio ou a rejeição às pessoas que pertencem à comunidade LGBT. Camila Ferreira, de 54 anos, segue internada no Hospital Regional se recuperando.
A transexual foi sequestrada naquela noite, violentada de forma brutal, estuprada e foi obrigada a ter relações sexuais com um cachorro. O crime de injúria racial também foi praticado pela dupla responsável pelos atos.
A sobrinha da vítima, Patricia Alves Flores, publicou um vídeo neste domingo (27) nas redes sociais, informado que a família decidiu fazer esse ato para repudiar todos esses crimes que vem acontecendo com a comunidade e principalmente contra Camila.
"Nós vamos fazer na próxima sexta-feira, uma manifestação pacífica em pedido de justiça pela violência cometida com a Camila".
De acordo com os detalhes informados pela familiar, a saída para o protesto acontece às 16h, no dia 2 de julho, em frente a uma quadra esportiva que fica na Avenida Aeroclube, na Vila Sobrinho. A família e as demais pessoas percorrerão as ruas da cidade e pretendem chegar até a Prefeitura de Campo Grande.
"Eu conto muito com o apoio de vocês, para que a nossa luta continue, para que a justiça seja feita para que isso não se repita com a comunidade LGBT e nem com ninguém, porque ninguém merece passar pelo que ela passou", finalizou.
A dupla segue foragida e a Polícia Civil está investigando o caso. A delegada responsável pela investigação é Sueili Araújo, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).