Na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, a história de Jean Bruno, que foi aluno da Apae-MS, é um grande exemplo de superação das limitações. Desenganado pela medicina, quando pequeno, ele concluiu o curso de licenciatura em pedagogia EAD, na Anhanguera Uniderp, e virou auxiliar docente em Campo Grande.
Jean lembrou que começou os estudos no Centro de Educação Especial Girassol (CEDEG/APAE) em 2005.
“Quando entrei na APAE, à primeira vista era tudo diferente. Eu não entendia o porquê de estar nesse lugar. Com o passar do tempo fui entendendo que eu também tinha uma diferença. Mas, não queria aceitar”, contou.
Na Apae, Jean conta que, aos poucos, o Centro foi mostrando os caminhos que estimularam a dedicação aos estudos.
‘’...eu tive muita força de vontade para ser alfabetizado e para aprender. Batalhei muito para chegar onde cheguei. Não foi fácil”, relembrou.
Bruno lembrou também da importância que a mãe dele nesse processo.
“Nasci com uma deficiência chamada Encefalocele Occipital, minha mãe não sabia o que fazer. Fui desenganado...disseram que eu teria vários problemas, que não iria andar e nem falar ou ficar em estado vegetativo. Só que a minha mãe lutou e intercedeu por mim, graças a essa mulher que nunca me abandonou, nunca me deixou”, declarou.
Ainda segundo Jean, a escolha pela pedagogia também se deu para ajudar os colegas a seguir no mesmo caminho.
Lílian se emociona ao falar do filho e de sua força de vontade em alcançar os objetivos. “Meu filho fez uma faculdade. Ele estudou. Tudo dele foi mais devagar, mas fez. Quantos não fizeram? Quantas pessoas ditas normais não querem estudar e trabalhar? Ele é um filho querido que não me abandona, não sai de perto de mim. Um menino educado, grato e estudioso, que se eu derramar uma lágrima, ele enxuga”, conta emocionada.
Para a mãe, Jean Bruno é uma bênção que Deus enviou para mudar sua vida. “Me emociono, porque deixei sonhos e muitas coisas para trás. Hoje, vivo a plenitude de ser mãe e de dizer com orgulho: Esse é o meu filho. Agradeço a Deus mais uma vez pela vida do Jean Bruno e por essa instituição. E continuo dizendo, que o que eu puder fazer aqui, faço”, agradeceu.