'Era nossa bonequinha de porcelana', assim Mayara Fontoura Holsback, de 18 anos, era chamada entre os familiares que pedem justiça pela morte da jovem, assassinada a golpes de tesoura no dia 15 do mês passado. Na tarde deste domingo (1), amigos e parentes de Mayara realizam uma passeata pela Avenida Afonso Pena, no centro de Campo Grande.
Uniformizados e com cartazes, dezenas de pessoas que conheciam a jovem se reuniram na Praça Ary Coelho, e depois o grupo seguiu até os altos da Avenida Afonso Pena com gritos de 'justiça'.
A família espera que o principal suspeito de assassinar Mayara seja preso o mais rápido possível. O suposto autor seria Roberson Batista da Silva, com quem a vítima tinha um relacionamento.
Viviane Fontoura Holsback, de 20 anos, é irmã de Mayara. Lembrando com emoção da vítima, ela diz que até então ninguém ainda sabe o paradeiro de Roberson, que está foragido.
"Ele tirou da gente a nossa bonequinha de porcelana. Minha irmã sempre foi muito alegre e preferia esconder seus problemas pessoais, mas nós sabíamos que ela era ameaçada. Ele não deixava ela viver, não podia mais sair, não podia fazer nada. Acredito que ela queria terminar o relacionamento e ele não aceitou", diz Viviane.
Viviane lembra que, no dia do crime, o suspeito ainda chegou a levar Mayara até a casa da mãe. "Ele deixou ela na casa da minha mãe, estava alegre como sempre. Depois minha irmã foi embora e, à noite, só ficamos sabendo que ela estava morta na casa onde morava com meu outro irmão", destacou.
Roberson teria invadido a casa da vítima no Bairro Universitário, local onde assassinou a jovem, que estava deitada na cama. O suspeito já foi preso por tentar matar a ex-mulher.
Com extensa ficha criminal por diversos crimes, Roberson teria agredido uma ex-namorada em 2010 e chegou a quebrar um dente da vítima com um soco. Em 2011, ele foi preso ao tentar matar a ex-mulher com três tiros em um posto de combustível localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa. Na ocasião, ele acabou preso, confessou o crime e foi condenado a quase quatro anos de reclusão.