A repercussão da humilhação de um funcionário do Carrefour em Campo Grande provocou indignação das entidades de defesa dos profissionais do comércio, que foram até o local para pedir o afastamento da supervisora e conversar com demais trabalhadores sobre as condições do local.

Equipes da Fetracom/MS (Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul) e SECCG (Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande), filiados à confederação Contracs-CUT, querem providências do Carrefour.

As cenas humilhantes foram gravadas por um consumidor que estava no local e viralizaram nas redes sociais.

As diretorias de ambas entidades foram até o Carrefour para saber a extensão do problema. A direção da empresa informou que a supervisora foi afastada do cargo e que esse não é um procedimento autorizado pela empresa. Informou também que está promovendo uma investigação interna.

O presidente do SECCG, Carlos Sérgio dos Santos, vai procurar a vítima para saber detalhes de todo o caso e se há outros envolvidos em atos dessa natureza, que fere todas as legislações brasileiras, inclusive a CLT e a Convenção Coletiva de Trabalho.

O presidente da Fetracom-MS, Douglas Rodrigues Silgueiro, demonstrou total indignação. “Casos como esse nunca deveriam acontecer em pleno século XXI. O Carrefour tem responsabilidade pelo que acontece em suas lojas, especialmente com seus funcionários”, afirmou.

Para as entidades, o episódio é imoral e ilegal.

Carlos Sérgio dos Santos quer ouvir as duas partes, inclusive a supervisora, que também é comerciária. “Queremos entender o que se passou ali para poder evitar que casos como esse voltem a se repetir”, afirmou o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande. 

O caso

O Carrefour entrou para a lista dos assuntos mais comentados no Twitter, na noite dessa segunda-feira (25) após o caso de humilhação contra um vendedor.

O vendedor da seção de Eletro do hipermercado, Pedro Henrique, 23 anos, foi obrigado pela gerente a limpar sujeira de fita adesiva no corredor da loja. 

O profissional, que atua na rede há cerca de dois anos e meio, contou que foi humilhado na frente de todo mundo. 

Além de ser obrigado a limpar o local, a chefe dele o gravou e tirou sarro. 

‘’Esse menino tem valor... esse menino não limpa nem a casa dele’’, comentou a gerente ao telefone. 

O caso teve grande repercussão na cidade. 

O Carrefour informou ao site que apura a conduta da funcionária e a afastou.