Escândalos protagonizados pelo atual presidente da Assembleia de Deus Missões, pastor Antônio Dionízio, resultaram na saída de cerca de, ao menos, três mil fiéis do Ministério, em Campo Grande. A debandada pode ser maior, caso Dionízio siga à frente da igreja ou indique um aliado para o comando.
As informações vêm de vários membros da igreja, sobretudo de um presbítero com mais de uma década na igreja. Ele destaca que a situação piorou na ADM depois de uma assembleia geral da igreja, em 28 de janeiro (clique aqui para ver os detalhes) onde houve confusão com polícia e manobras de Dionízio para seguir à frente do Ministério.
‘’Saíram muitos e ainda estão saindo das 200 igrejas em Campo Grande’’, garante o fiel. Ele detalhou que dois líderes de setor, os pastores Oseas e Jeremias, já deixaram a ADM e devem abrir outros ministérios.
Ainda segundo a explicação, só a saída de Oséas, que já foi vice-presidente da Igreja, resultou na debandada de 1.500 fieis do Setor 10, que fica na região do bairro Santo Antônio.
O pastor Jeremias, responsável pelo setor 6, no Tiradentes, saiu e teria sido acompanhado por cerca de 800 membros. Ele detalha que esses números são referentes ao dia seguinte à convenção e que, portanto, o número de fiéis perdidos seja muito maior.
‘’No setor que eu congrego está ficando sem ninguém, pastor sem obreiro por trás, sem ninguém’’, lamentou o presbítero, que pediu para não ter o nome revelado.
No Facebook, o pastor Douglas Delmondes Dantas anunciou sua saída, embora não tenha especificado o motivo no texto. Ele ocupava o cargo de Segundo Pastor no Setor 1 da ADM e agradeceu pelo apoio recebido durante os nove anos na igreja.
Na mesma rede social, um evangelista anunciou a saída dele e de toda a família, também do Setor 1.
‘’Dia D’’
A convenção do dia 28 de janeiro foi marcada por confusão e não teve efeitos práticos. Por aclamação dos membros, Dionízio teria sido jubilado (aposentado), mas o resultado não foi acatado pela atual diretoria e o caso só deve ser decidido na Justiça.
Porém, uma nova Assembleia Geral Ordinária foi marcada para o dia 4 de março. Os demais membros, que são oposição da atual diretoria, exigem que se faça uma eleição. Em caso de manutenção da atual diretoria, a debandada pode ser pior.
‘’Se ficar ele ou a diretoria, eu não vou ficar...vou pegar a minha família e ir embora’’, garantiu o fiel.