O técnico em logística, Franklin Farrelhi, 59 anos, flagrado pela ex-mulher, estuprando a enteada, de dez anos, em 11 de julho deste ano, em uma casa no Rita Vieira, foi denunciado à Justiça. No Facebook, o denunciado recebeu carinho dos familiares e apareceu em fotos na Praça Ary Coelho.
Conforme o advogado de Franklin, Mauro Sandres, a investigação e o inquérito foram finalizados pela Polícia Civil, depois levado ao Ministério Público e em seguida à Justiça. O defensor, no entanto, não detalhou se Franklin se tornou réu.
‘’Ele compareceu a todos os atos processuais e colaborou. O caso agora está na Justiça comum criminal do nosso Estado’’, destacou o defensor. Ele acrescentou que não pode dar detalhes porque o processo corre em segredo de Justiça.
No Facebook, um amigo e uma prima parabenizaram Franklin pelo aniversário dele, no dia 9 de outubro, mas não houve resposta. No entanto, em outro perfil, Franklin aparece, de máscara, em fotos na praça Ary Coelho em 30 e 31 de outubro deste ano, segundo a data do post. Esse perfil parece ser recente e conta com apenas cinco amigos, ao contrário dos 208 da primeira conta.
‘’A Praça Ary Coelho reabriu. Está linda’’, escreveu o perfil. A data da postagem das fotos coincide com medida da prefeitura, que reabriu o espaço no dia 28 de outubro, após sete meses fechado por causa da pandemia.
O crime
A ex-mulher de Franklin foi às redes sociais dizer que no dia 11 de julho, ela flagrou o então marido estuprando a filha dela, de dez anos, em um banheiro nos fundos de uma casa, no Rita Vieira. Na ocasião da postagem, ele não tinha sido preso.
Segundo o relato à polícia, a mulher acordou e viu apenas a filha de cinco anos. Ela saiu em busca da outra filha quando viu a cena do estupro. A filha estava suja de sangue e ela acrescenta que Franklin pediu que não denunciasse o caso. Ele chegou a prometer que daria uma ‘’vida boa’’ para ela, caso mantivesse o ‘’segredo’’. Semanas depois de desaparecer, Farrelhi foi preso, mas ao que tudo indica, está solto.
A mulher disse que estava com o acusado há sete meses e que o estupro ocorreu outras vezes, mas a filha não contava porque era chantageada.