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Umbandista é obrigado a entregar filho para abrigo e denuncia intolerância religiosa

Conselheira tutelar de Campo Grande teria dito que "entidades não são santos"

Denunciado por praticar rituais de umbanda na frente do filho de 8 anos, pintor tentar reaver a guarda do filho na Justiça. O caso aconteceu em Campo Grande.

Segundo o advogado da família, Wilton Edgar, o pai sofreu intolerância religiosa por parte da conselheira que atendeu a ocorrência e levou a criança do imóvel localizado no Indubrasil.

Conforme o advogado do pintor, uma conselheira tutelar foi até a casa da família, após denunciarem o pai por fazer ritual de "magia negra" com participação da criança.

Wilton Edgar destaca que pai e filho foram levados para a delegacia, onde a conselheira responsável pela ocorrência pediu depoimento da criança. Com base nas declarações do menor, foi elaborado um boletim de ocorrência alegando maus-tratos.

"O Conselho Tutelar decidiu pelo Acolhimento Institucional retornado o menor da companhia e guarda do pai até então existente desse 2021", explica.

Segundo o advogado, o pai sofreu intolerância religiosa por parte da conselheira que ao olhar as imagens dos orixás e entidades na residência “determinou que aquilo não eram santos e sim imagens”.  

"Na verdade, esse senhor é umbandista e realiza os trabalhos espirituais em uma varanda em sua residência. A situação é essa, ele sofreu intolerância religiosa, levaram o filho dele e por não existir expediente no Judiciário desde sexta-feira (11), a criança encontra-se no abrigo sem nenhum contato com o pai, a mãe ou nenhum outro familiar", destaca.

Wilton apresentou dois pedidos no plantão judicial, mas entenderam que a Vara da Infância e Juventude deveria analisar o caso no expediente normal. Enquanto isso, a criança segue sem  contato com os pais.

 

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