Renê Siufi, advogado dos empresários Jamil Name e Jamil Name Filho diz ter pedido habeas corpus para os clientes na noite desta sexta-feira (27), em Campo Grande. O apelo ocorreu no mesmo dia que os dois foram presos pela Operação Omertá.
O pedido de soltura será analisado pelo plantão judiciário. ‘’Espero soltura de hoje para amanhã’’, diz o defensor.
Siufi classifica a prisão de seus clientes como ‘’fantasiosa’’ e diz que ainda não conseguiu ler o inquérito, somente a autorização para as prisões do juiz Marcelo Ivo, da 7ª Vara Criminal de Campo Grande.
‘’É muito grande, ainda não consegui ler tudo’’, justifica Siufi.
Renê destaca que a acusação é baseada em suposições. Ele foi citado no pedido de autorização para as prisões, já que teria sugerido a Jamil Name Filho que fugisse para não ser preso.
‘’Isso não é crime. Disse ‘rapa o pé’, porque chegou ao ouvido do meu cliente que ele seria investigado pelo Gaeco. Aí eu fui ao Gaeco, mas como lá é tudo ‘subterrâneo’, me disseram que não tinha nada. Mesmo assim, eu disse ‘rapa o pé’, concluiu o defensor.
Omertá
A Operação Omertá, que mirou suspeitos de comandarem e integrarem uma milícia em Campo Grande, prendeu 19 pessoas nesta sexta-feira (27). Força-tarefa que contou com o Garras, Gaeco, Polícia Federal, Bope e Choque, também apreendeu 160 mil reais em dinheiro e até celulares descartáveis, conhecidos como ''bombinhas''.
O balanço da operação foi feito no final da tarde de ontem pelo Ministério Público. Entre os presos estão os empresários Jamil Name e o filho, Jamil Name Filho, policiais civis, militares, um agente da PF e guardas municipais.