Na época de chuva e calor, têm o ambiente perfeito para hospedar insetos e outros animais, alguns peçonhentos e transmissores de doenças; no tempo seco, um endereço propício a servir de descarte de lixo e queimadas. Os terrenos baldios tomados pelo mato de Campo Grande não são problemas novos, sequer têm hora para serem vistos com a responsabilidade devida por seus proprietários.
Estão, aliás, em todo lugar e boa parte deles com acesso fácil, que por vezes são ocupados para usos convenientes à criminalidade. Da região periférica à central, em bairros pobres e nobres, a falta de manutenção e conservação desses espaços pode, inclusive, desvalorizar uma região, além do fator prejudicial à saúde pública e meio ambiente.
A prefeitura da Capital é responsável por multar o proprietário dessas áreas sem cuidado, mas pena em obrigar que os locais estejam sempre limpos. Quase que diariamente, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) atende denúncias e encaminha fiscais para vistorias e, se necessário, notifica o responsável.
Das obrigações básicas, estão fechar o terreno com muro e cuidar da limpeza interna, em um prazo de até 15 dias após a notificação via Correios. Caso haja descumprimento, deve pagar multa que varia de R$ 2.243,00 a R$ 8.972,00, conforme lei municipal.
Quem descumpre o pagamento da multa pode ter seus bens bloqueados pela Justiça. Em 2017, conforme a Semadur, 3.871 proprietários de terrenos urbanos foram notificados por falta de limpeza, e 426 foram multados.
Denúncias podem ser feitas à prefeitura através do número de telefone 156. A Defensoria Pública do Meio Ambiente também oferece um contato para denúncias de falta de limpeza em terrenos em Campo Grande, que podem ser feitas por WhatsApp pelo número (67) 98127-5711.