Ir à escola virou sinônimo de risco de queda ou atropelamento para uma menina de seis anos, na Rua Francisco Martins de Souza, no Jardim Canguru, em Campo Grande. Cadeirante, ela tem de desviar de crateras, lama e lixo na altura do trecho conhecido como ''Ponte da Catiguá'', nas proximidades da Avenida Guaicurus.
A denúncia vem da mãe dela, Fernanda Nascimento, 27 anos. Ela diz que o problema se arrasta, ao menos, por três anos. Conforme o relato e as imagens enviadas, as bocas de lobo das ruas Betoia e Catiguá estão entupidas e geram problemas no local.
''Aí acumula de tudo na ponte: entulhos, areia e acaba alagando. As calçadas estão deterioradas porque não aguentam a quantidade de água que acumula'', detalhou a moradora da região.
A filha com deficiência tem sido a mais prejudicada neste momento de chuvas volumosas.
''Ontem [segunda-feira, 31] e hoje [terça-feira] a minha filha não foi para a escola porque não tinha como passar'', desabafou Fernanda. Ela acrescentou que para a filha especial é desconfortável, já que houve diversas ocasiões que a cadeira quase tombou por causa dos buracos.
''... e como tenho que ir com ela na rua, ela se assusta com os carros que passam muito perto'', observou Nascimento. Também há medo em razão de alguns usuários de droga que ficam na parte debaixo da ponte e acidentes com motocicletas por causa de buracos.
Ciclista tinha 15 anos e morreu na Ponte da Catiguá (Foto: Thiago de Souza)
Morte
Em outubro de 2019, o TopMídiaNews registrou a morte de um ciclista de 15 anos, no mesmo local. Ele teria desviado da água acumulada na calçada perto da ponte e foi atingido por um caminhão F-4000.
