Foi identificado como Denis Lincoln Bentos Depetriz, o homem encontrado morto na manhã deste sábado (12), às margens de um córrego em Anhanduí, distrito de Campo Grande. O cadáver, que estava sem roupas e coberto por lama, foi localizado nas proximidades de uma ponte da rodovia BR-163.
Segundo o boletim de ocorrência, a mãe da vítima relatou que na última quinta-feira (10), Denis e mais dois amigos foram até o córrego para tomar banho após terem consumido bebida alcoólica. Um dos amigos foi para sua casa no final do dia e passados cerca de duas horas de seu retorno o outro amigo compareceu no imóvel, sujo de lama e dizendo que uma equipe do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) estava atrás dele, ficando por ali por um tempo e depois sendo abordado por uma equipe da Guarda Municipal, visto que a mulher já estava desesperada atrás de seu filho Denis.
Após a abordagem, o amigo foi até ao córrego na companhia dos agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana), porém naquele momento o corpo de Denis ainda não havia sido localizado e o rapaz acabou liberado.
Já no dia seguinte, familiares da vítima e a equipe da GCM passaram o dia na busca de Denis, que até então estava desaparecido. Na manhã desta sábado (12), equipes da GCM e da Polícia Militar, retornaram ao córrego onde encontraram Denis já sem vida com o corpo nu e com a cabeça coberta por barro, havendo já com larvas na região genital.
Equipes da Polícia Civil e da Perícia Científica foram acionadas. Assim que o corpo foi encontrado, policiais militares e a GCM fizeram rondas e localizaram em uma residência um dos amigos que estava com Denis no córrego.
O rapaz negou a participação na morte de Denis e disse que na quinta-feira (10), quando estavam tomando banho no córrego, ele foi embora mais cedo e Denis ficou na companhia do outro amigo.
Ainda conforme o registro, o rapaz relatou que o outro amigo foi em sua residência, ao qual estava sujo de lama, dizendo que estava fugindo de uma viatura do DOF e que Denis havia ficado no córrego.
A mãe da vítima relatou que um dos amigos havia dito que seu filho poderia ter sido morto por policiais e que "era fácil de matar Denis, que bastava destroncar o seu pescoço”, e que depois disso o rapaz tomou rumo incerto.
A perícia constatou que Denis apresentava ferimentos na cabeça e que mesmo possui a tatuagem de uma "águia", no braço direito, contribuindo para a identificação da vítima. No local o perito recolheu uma par de chinelos com tiras na cor vermelha, um pedaço de madeira do tipo galho ou tronco, com aproximadamente 60 centímetros e uma embalagem plástica de tamanho pequeno, utilizado para armazenar cachaça.
Equipe do GOI (Grupo de Operações e Investigações) esteve no local dos fatos e até o presente momento não logrou êxito em localizar um dos amigos que se tornou suspeito. Já outro amigo manteve sua versão de que deixou o local quando Denis e ou ouro colega estavam tomando banho só de cueca e nega que tenha visto a vítima totalmente sem roupas.
De acordo com a mãe da vítima, o par de chinelos recolhido pertence ao suspeito. Mulher também confirmou a versão dada por um dos amigos do filho, de que ele chegou na residência cerca de 02 horas antes da chegada do suspeito.