Alvo de reclamação de moradores de diversos bairros de Campo Grande, a iluminação pública - ou a falta dela - entrou na pauta de discussão da Câmara Municipal de Campo Grande. O problema é que, mesmo com o serviço não sendo realizado, a Prefeitura de Campo Grande arrecada, a cada 30 dias, R$ 5 milhões de imposto específico para cuidar do setor, a taxa da contribuição de iluminação pública, chamada Cosip. A questão é: onde está a verba?
O vereador Ademar Vieira Junior, o Coringa, do PSD, foi um dos parlamentares a questionar a atual administração sobre a arrecadação referente a Cosip. Segundo o parlamentar, o prefeito Alcides Bernal, do PP, suspendeu o serviço dos contratos que por consequência afeta diretamente a população.
Já o ex-secretário de Finanças de Gilmar Olarte e servidor de carreira da Câmara Municipal, procurador André Scaff, garante que a prefeitura possuía em caixa R$ 20 milhões do recolhimento do imposto.
"A Comissão do Direito do Consumidor vai pedir explicações sobre esse serviço. O que nós sabemos é que a prefeitura está analisando todos os contratos, mas e o recurso para onde foram? Porque eles estão parados se eles devem ser aplicados exclusivamente na manutenção de iluminação pública", questionou o parlamentar.
Coringa ainda revelou que a prefeitura recolhe por mês R$ 5 milhões do imposto e não entende porque o serviço está interrompido. "Por exemplo, os moradores do Bairro Campina Verde foram à Câmara falar que estão sem iluminação pública. Nós sabemos que a Avenida Gury Marques também está sem iluminação. A população corre sérios riscos devido a isso".
O vereador Ayrton Araújo, do PT, ex-aliado de Bernal, reforçou que o problema se mantém na mesma avenida que compreende a rodoviária até o terminal Guaicurus. "Nós temos a dias, comentado sobre isso aqui na Câmara devido a falta de iluminação. Ela é precária enquanto a prefeitura está arrecadando muito".
A reportagem entrou em contato a assessoria de imprensa, mas até o momento, não conseguiu informações sobre o assunto.