As marcas do assassinato brutal do sargento aposentado da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Ilson Martins de Figueiredo, ainda estão visíveis na avenida Guaicurus, onde o crime ocorreu na manhã da última segunda-feira (11).
Alguns dias após o chefe de segurança da Assembleia Legislativa ser executado com, pelo menos, 35 tiros de fuzil AK-47 e carabina 556, ainda é possível ver pedaços do carro e vidros no chão e o muro destruído onde o veículo colidiu.
Para moradores e comerciantes da região, a sensação de insegurança ficou ainda maior devido à audácia dos pistoleiros, que não respeitaram o horário de fluxo (durante a manhã) na avenida.
Rosana Neris de Lima, funcionária de uma loja de material de construção localizada a poucos metros de onde o veículo perdeu o controle, lamenta pelo ocorrido. A trabalhadora disse que o fuzilamento ter sido em plena luz do dia, na Guaicurus, foi uma “fatalidade” e que “graças a Deus” o comércio não estava aberto.
Carlos Roberto sente mais medo por montar sua barraca de milho na calçada da avenida. O trabalhador afirmou que a situação “está feia” e o clima piorou muito depois do assassinato do sargento aposentado.
“A gente precisa de mais segurança, o clima aqui piorou. É uma avenida de grande trânsito e perigosa. Eu estou com medo, mas a gente precisa trabalhar, fazer o que? Eu fico aqui das 8h até as 18h.”