Beatriz Tagarro da Silva apela para que uma autoescola de Campo Grande lhe devolva os R$ 1.281 pagos em novembro de 2014, para tirar a carteira de motorista ''B'' , ou seja para carros. No entanto, a cliente não compareceu às aulas e, após cinco anos, ainda sonha em ter o dinheiro de volta.
Conforme a cliente, o pagamento naquele ano foi feito em uma entrada e três parcelas. Ela disse que sofreu problemas de saúde e que não conseguiu ir ao Detran dar entrada em uma documentação.
''Tentaram remarcar, mas além de fazer plantão no meu trabalho, eu passei mal. Até hoje não consigo nem pedalar uma bicicleta'', revelou Tagarro.
Ainda segundo Beatriz, ela não chegou a frequentar nenhuma atividade do centro de formação. É nesse aspecto que ela se apega para ser ressarcida, já que alega que a empresa, localizada na 13 de Maio, pagou apenas uma taxa ao Detran, que não passou de 200 reais.
Depois da contratação do serviço, em 2014, a cliente voltou à autoescola em meados de 2015, tentando recuperar o prejuízo. Porém, foi informada que a empresa ''não devolve o dinheiro''.
''Sem orientação nenhuma, dei como perdido meu dinheiro. Mas no ano passado, conheci uma pessoa que trabalha em uma autoescola e me ajudou'', contou a ex-candidata a motorista.
Beatriz decidiu procurar o Procon, em Campo Grande. Lá, a queixa foi encaminhada para o Juizado Especial de Pequenas Causas. Na audiência de conciliação, a autoescola ofereceu R$ 300, mas Beatriz não quis.
Uma segunda audiência foi marcada para o dia 21 de setembro de 2018, porém, como Beatriz estava sob monitoramento da Justiça, não conseguiu ir. O caso foi dado como encerrado pela 1ª Vara do Juizado Especial Central.
''Neste momento estou urgentemente necessitada de ajuda'', apela Tagarro. Ela acrescenta que a mãe, com 80 anos, está internada e teve redução no recebimento de pensão.
Grand Prix
A autoescola Grand Prix informou, por meio de uma pessoa que se identificou apenas como ''Patrícia'', que declarou o caso como encerrado. A mulher explicou que houve um contrato entre as partes e que a cliente teve oportunidade de fazer o curso, mas não compareceu.
As informações sobre as audiência na Justiça foram confirmadas por Patrícia. Ela, no entanto, não quis divulgar os valores pagos por Beatriz e concluiu que o dinheiro não será devolvido.