O CRMV-MS (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul) descobriu irregularidades em uma clínica veterinária, que não teve o nome divulgado, localizada na região do bairro Cidade Jardim, em Campo Grande. A fiscalização foi realizada na tarde desta quarta-feira (7), após denúncia.
Segundo o gerente de fiscalização do CRMV-MS, Nilson Bulhões, uma cliente adquiriu um cachorro de raça em abril deste ano, mas o animal apresentou características diferentes do que ela comprou. “A denúncia foi feita ao PROCON-MS, que nos procurou para fazermos em conjunto a diligência no estabelecimento. Ao chegar na clínica percebemos que a documentação necessária para a comercialização de pets fere a Resolução CFMV nº 1069”.
“A documentação está incompleta. Sem os dados não há a comprovação do status sanitário do animal. Sem a possibilidade da garantia de uma compra segura, visto que não há informações claras sobre o animal que está sendo comercializado. Além de não se ter certeza se o animal recebeu ou não as vacinas necessárias que garanta o seu bem-estar e de seus tutores”, pontuou Bulhões.
O presidente do CRMV-MS, Rodrigo Piva, alerta para a exigência dessa documentação na hora da aquisição de um animal de estimação. “Se optou por comprar o seu pet, verifique a documentação do animal. Saiba qual a sua procedência, confira a carteira de vacinação e tenha sempre a validação junto ao responsável técnico, que deve ser um médico veterinário que responda pelo estabelecimento comercial em questão. Ao menor sinal de irregularidade denuncie junto ao nosso conselho”.
Para denunciar basta acessar o site do CRMV-MS pelo link: http://novo.crmvms.org.br/denuncia-estabelecimento/ . Preencha todo o formulário e manda via e-mail com provas (fotos, vídeos e documentos) para fiscalizacao.adm@crmvms.org.br
Outro lado
Veja comunicado da empresa notificada:
A Empresa sempre atuou visando a plena satisfação de seus clientes, respeitando todos os seus direitos. Desta maneira, todos os contratos realizados junto a esta empresa acompanham contrato de compra e venda, bem como a carteira de vacinação e outras documentações pertinentes, devidamente preenchidas por profissional veterinário capacitado.
O caso em questão envolveu a compra de um filhote em abril de 2020, em que a consumidora alega que, supostamente, o filhote apresentou características diferentes do acordado.
Ocorre que a consumidora nunca procurou esta empresa para relatar o seu descontentamento, sempre ressaltando a sua satisfação em ter adquirido o filhote com a nossa empresa (frisando sempre a qualidade do filhote, conforme provas).
Houve, no entanto, uma informação de grande relevância, necessária para contextualizar os fatos, porém olvidada pela consumidora. A mãe da consumidora não poderia saber da realização da compra deste filhote, por motivos alheios ao conhecimento deste estabelecimento (conforme provas que seguem junto a esta resposta). O que foi respeitado por este estabelecimento.
Assim, no dia 08/10/2020 esta empresa teve uma grande surpresa quando recebeu o link de matéria jornalística veiculada em seu desfavor. A surpresa foi ainda maior pelo fato de as informações constarem sensivelmente desvinculadas da realidade fática.
Memora-se que a consumidora não poderia ter o filhote, logo, ao que parece, sua mãe não aceitou a compra do filhote, e, na tentativa de ver-se restituída de qualquer forma, proferiu inverdades contra essa empresa para fundamentar alguma restituição monetária.
Tecidas estas considerações, é importante ressaltar que da mesma maneira que envidamos nossos maiores esforços para garantir a plena satisfação dos nossos clientes, e garantir seus direitos, também o fazemos para garantir a verdade e justiça, para garantir que situações como estas não ocorram com nenhum outro estabelecimento desta cidade.
Conclusivamente, após análise da matéria publicada, resta comprovado que a consumidora proferiu inverdades contra esta empresa, na espúria intenção de auferir vantagem indevida contra a empresa que sempre respeitou seus direitos.
Deste modo, a empresa adotará as medidas necessárias judiciais para estabelecer a verdade, e requerer reparação pela evidente alteração da verdade que nos trouxe e traz prejuízos a nossa boa imagem e reputação.
Novamente, não obstante a todo o relatado, o estabelecimento reforça o seu posicionamento de que em momento algum se negou a preservar os direitos desta consumidora, estando sempre aberta e pronta a preservar todos os direitos seja dela ou de qualquer cliente, já que são valores máximos da instituição, o respeito e a justa negociação em todas as suas tratativas comerciais com o mercado.
(Matéria atualizada às 11h19 de 13/11 para colocar posicionamento da empresa)