A cirurgia de Marcos Wellyton da Silva Oliveira, 7 anos, que teve a perna direita amputada após ser atropelado por um ônibus em Corumbá, foi adiada na Santa Casa de Campo Grande. A mãe do menino, Naíra Helena da Silva, 27 anos, afirma que o filho ficou das 5 horas até às 18h30 sem se alimentar.
“Ele ficou em jejum o dia todo, para depois a cirurgia ser adiada. Ele começou a bater a cabeça de nervoso porque estava com fome e sede. Aí eles liberaram a alimentação falando que tinha um paciente grave e a cirurgia não poderia ser realizada. Meu filho aguarda cirurgia de enxerto, tanto da perna que foi amputada, quanto da outra perna que sofreu ferimentos”, diz a mãe.
Sobre os dias do filho, Naíra conta que Marcos teve nova crise e disse novamente que não quer mais viver. “Ele acordou a noite, a agulha que ele toma medicação tinha saído e, devido a isso, a enfermeira veio para colocar de novo e foi difícil achar a veia dele. Furou várias vezes até achar e ele começou a gritar que não quer mais viver assim, que não aguenta mais isso”.
Segundo a mãe, Marcos já recebeu a visita de um psicólogo. “Ele já conversou com psicólogo, conversou com um time que joga com muletas, conversou com um casal que tem prótese e até melhorou bem o desespero de não ter mais uma perna. Só que essa semana ele teve novamente esse pensamento de morrer, vou pedir para a médica dele solicitar novamente a presença de uma psicóloga”.
Santa Casa
O TopMídiaNews entrou em contato com a assessoria de imprensa do hospital, que informou que as cirurgias se dividem em urgência, emergência e eletiva, seguindo níveis de prioridade. No caso de Marcos, a cirurgia de enxerto estava agendada, com um jejum solicitado pela equipe médica de oito a doze horas, definida como cirurgia eletiva interna.
Segundo a assessoria, um caso mais grave chegou no local e necessitou da mobilização da equipe médica, sendo adiada a cirurgia de Marcos. Questionado sobre uma nova data, a assessoria diz que ainda será definida.