Os números de casos de dengue tiveram aumento significativo nos dois últimos meses em Campo Grande, o que reacende o alerta para a necessidade de redobrar os cuidados a fim de evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. O município já decretou situação de emergência por conta do avanço da doença.
Conforme boletim divulgado pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), de janeiro até o dia 12 de março, foram notificados 10.607 casos de dengue, sendo 2.805 confirmados e um óbito. Neste mesmo período, foram notificados 175 casos de zika e 96 de chikungunya.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Marcelo Vilela, o aumento nos casos de dengue já era esperado por conta da sazonalidade da doença, que indica um aumento a cada três anos. Por conta disso, conforme explica o secretário, as ações da secretaria começaram a ser intensificadas ainda no ano passado, com o objetivo de evitar índices ainda maiores.
“Começamos a intensificar as ações em novembro do ano passado, prevendo que este ano poderíamos sofrer uma epidemia da doença, o que acabou se concretizando. Todo esse trabalho foi importante para que estes números não fossem ainda maiores”, comenta.
Em 2016, quando foi registrada a última epidemia da doença em Campo Grande, foram registrados 28.469 casos de dengue e quatro óbitos.
O secretário reforça que é preciso o envolvimento de toda a sociedade neste trabalho, para evitar que a doença avance ainda mais.
“A população precisa colaborar evitando deixar lixo que acumule água no quintal, fazer ao menos uma vez por dia uma vistoria rápida em todo o terreno. Essas são apenas algumas atitudes preventivas que ajudam a evitar que estes números aumentem ainda mais e mais pessoas fiquem doentes”, disse.
Pontos críticos
Os bairros Jardim Noroeste, Centro-Oeste, Chácara dos Poderes, Nova Campo Grande, Los Angeles, Moreninhas, Veraneio e Maria Aparecida Pedrossian, respectivamente, apresentam a maior incidência de casos notificados de dengue.