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Campo Grande

25/12/2017 07:00

Buraqueira: Asfalto de Campo Grande sofre consequências de anos de abandono

Falta de manutenção adequada é apontada como a principal causa da buraqueira

Galhos de árvore, placas, pneus e até sofás já foram usados para sinalizar os buracos em Campo Grande. São constantes as reclamações dos gastos com manutenção de veículos, além de inúmeras as notícias de acidentes de trânsito ocasionados porque um motorista tentou desviar do buraco e perdeu o controle da direção.

Com o período de chuvas, as crateras se transformam em um perigo ainda mais mortal. Encobertos pela lama, os buracos ficam invisíveis aos motoristas, que não tem nem como fugir do problema. E eles estão em todas as regiões do município, seja bairro nobre ou periferia, as dificuldades são as mesmas.

Entre as causas da buraqueira, a falta de manutenção adequada é apontada como a principal. “É preciso investir em ações preventivas. O asfalto tem vida útil, a capa asfáltica, e se ela não tiver tratamento preventivo, acaba surgindo buraco e até afetando a base”, explica o engenheiro Semy Ferraz, ex-secretário municipal de Obras.

De acordo com o especialista, Campo Grande conseguiu investir muito pouco em ações preventivas nos últimos 15 anos. Com exceção de ruas que receberam o recapeamento, como a Afonso Pena, Bandeiras e Spipe Calarge, o resto ficou apenas com o serviço de tapa-buraco, ocasionando o caos que hoje a cidade enfrenta.

A situação tambem se agrava com o início do verão. “É começar o período de chuvas que aprofunda os buracos e fica difícil fazer um serviço de qualidade. Nessa época fazíamos um planejamento em que o tapa-buraco só atuava em vias estruturadas, como linhas de ônibus porque o trabalho não vencia tudo e, no período de seca, dava varredura na cidade toda”, destaca Semy.

Segundo o engenheiro, a garantia de uma obra civil é, em média, de cinco anos. Por analogia, este é o período em que o asfalto deve durar sem rachaduras ou grandes problemas, com exceção para alguma ocorrência esporádica, ocasionada por algum vazamento de água ou alguma obra nas proximidades. Porém, depois disso, é importante fazer o revestimento em lama asfáltica, que quase nunca ocorre.

Sem grandes obras de recapeamento, o serviço de tapa-buraco foi retomado nesta quarta-feira (20), com 45 equipes. A prefeitura prevê investir R$ 34,2 milhões para a manutenção de vias públicas, reconstituição de pavimento asfáltico e selagem de capa asfáltica com fornecimento de materiais. Mas não será suficiente.

Com exceção de ruas que estão recebendo revestimento pela Águas Guariroba e Exército, os problemas devem voltar juntamente com as chuvas. Para 2018, o orçamento reservou uma dotação de R$ 135.204.25,25 para manutenção de vias públicas.

Segundo a prefeitura, o valor compreende recapeamento, patrolamento (revestimento primário) e tapa-buraco. "Trata-se de dotação orçamentária, uma previsão de investimento que dependerá da disponibilidade financeira da prefeitura", enfatiza a assessoria.

Dentro de alguns programas de infraestrutura, como o de mobilidade urbana e o PAC pavimentação, estão contempladas recapeamento de ruas na área de influência dos bairros atendidos. "Por exemplo, na pavimentação do Bairro Nova Lima etapa , está prevista a duplicação e recapeamento da Avenida Zulmira Borga e da Rua Marques de Herval. No Complexo Altos  do São Francisco, em fase de conclusão, serão recapeados trechos das avenidas Tamandaré e Euler de Azevedo", explica a prefeitura. 

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