Construir um negócio, mesmo que pequeno, demanda tempo e paciência. As duas coisas caminham juntas para atingir o sucesso, mas os obstáculos da vida, como os assaltos, acabam surgindo quando você menos espera. Assim aconteceu com Phelipe Pedroso Portilho, 25 anos, que tentou e tenta montar uma barbearia em casa.
Recentemente mudando sua estadia para o bairro Paulo Coelho Machado, em Campo Grande, o barbeiro decidiu construir um espaço em casa para dar início ao negócio e recebeu apoio da família e amigos, inclusive, ganhou equipamentos para engajar ainda mais na profissão.
O que Phelipe não sabia é que, em menos de três semanas, tempo que se mudou e começou o negócio, os ladrões precisariam de 'apenas horas' e o momento certo para sumir com os equipamentos e demais coisas de sua casa, que seria roubada na noite de 20 de fevereiro.
"Aqui em casa tem uma varanda legal, um local que não tem muitas barbearias e, como seu barbeiro há três anos, decidi montar um negócio na varanda de casa. Não tinha dinheiro para investir e peguei dinheiro emprestado", conta Phelipe.
O barbeiro contou com ajuda de terceiros para comprar a cadeira. A bancada, que é necessária para colocar os equipamentos, foi doada pelo pai, assim como o verniz e o espelho, que também foram doados por amigos e conhecidos.
"Tudo o que eu tinha foi doação de pessoas", salienta. O rapaz também relembra que, durante o tempo de profissão, conseguiu concluir a compra de uma maquinário completo e decidiria atender algumas pessoas naquela manhã, antes do assalto.
"Investi um pouco de dinheiro porque teve que comprar parafuso para pregar as coisas, investi dinheiro em uma arte para postar nas redes sociais e em um banner para colocar na frente de casa para o pessoal saber que corto cabelo".
Phelipe ainda trabalha em uma restaurante no período noturno e, naquele dia, quando saiu, deixou os equipamentos ali mesmo, onde atendeu alguns clientes. Porém, a família também precisou sair da casa, o que teria deixado o caminho livre para os assaltantes, mesmo com a casa fechada.
O barbeiro condena a falta de iluminação pública dos postes, deixando a 'escuridão' dominar no endereço. Isso teria sido suficiente para os ladrões, que aproveitaram o fato dos moradores 'serem cara nova na região'. O valor das máquinas usadas era de R$ 3,2 mil.
Agora, Phelipe Portilho busca reconstruir tudo o que foi alcançado até três semanas atrás, quando deu o pontapé inicial para seu negócio fluir.
"Me deixaram sem nada, apenas com as tesouras. Um amigo meu me doou uma máquina para ajudar a não desistir, porque quando acontece tudo isso com a gente... E eu dependia dos outros para abrir e coloquei todas as esperanças aqui", lamenta.
Quer ajudar o Phelipe? Basta entrar em contato pelo telefone (67) 9 8413-2872.