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Campo Grande

27/09/2021 15:00

Audiência sobre 'passaporte da vacina' vira guerra entre 'bolsonaristas e petistas' em Campo Grande

Guarda Civil Metropolitana foi acionada e fez pequenas intervenções

Audiência pública sobre adotar ou não o chamado ‘’passaporte sanitário’’ em Campo Grande gerou princípio de tumulto, na tarde desta segunda-feira (27), na Câmara Municipal. Grupos contrários trocaram hostilidades e a Guarda Civil Metropolitana foi acionada. 

Grupos contrários ao passaporte chamam a medida de ‘’ditadura’’, alegando que não se pode restringir o direito de ir e vir do cidadão. Os que defendem a ideia, acham que a medida reduzirá o número de contaminações e óbitos pela covid-19. 

‘’Vacina não garante nada. Quem tomou vacina também morre’’, gritou um dos manifestantes, contrário ao passaporte. Houve muita gritaria e dedos apontados entre grupos que defendem e criticam o projeto. 

O salão principal da Casa de Leis ficou lotado, onde todos se manifestavam, a favor ou contra. Também estavam professores, cientistas, representantes do comércio da Capital e até o secretário de Saúde, Geraldo Resende, e o secretário municipal, José Mauro Pinto de Castro Filho. 

Um representante do Corpo de Bombeiros foi chamado de ‘’petista’’, por defender o passaporte sanitário. 

Quem falou em defesa do comércio destacou que o setor já viveu muitas dificuldades na pandemia e que proibir o acesso de não vacinados iria piorar a crise dos comerciantes. 

Um dos trechos do projeto de lei diz que até inscrição em concursos públicos só serão permitidos a quem comprovar a vacinação em duas doses. Além disso, não permite a entrada de pessoas não vacinadas em clubes, bares e outros locais fechados da cidade. 

O vereador Otávio Trad destacou que é a favor da vacina e do passaporte sanitário, mas que está ouvindo todos os lados, sobretudo em relação às questões legais, como direito constitucional e a liberdade do cidadão em ir e vir. 

O vereador Ayrton Araújo, do PT, foi que propôs a audiência. Ele destacou que quem grita contra o passaporte sanitário é a favor da morte, assim como o presidente Jair Bolsonaro. 

‘’Estamos lutando pela vida, mas como temos a liberdade de ir e vir, nós abrimos a Casa para o povo vir se manifestar’’, disse o petista. 

Ainda não há data para o projeto ser votado na Câmara. 

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