Pais de alunos e professores de três escolas desativadas neste ano pela secretaria estadual de Educação, que funcionavam em Campo Grande, promoveram protesto contra o fechamento na manhã desta terça-feira (8), na Câmara dos Vereadores. A ideia é entrar com requerimento no MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) contra a pasta e pela manutenção dos colégios.
As escolas desativadas, onde estudavam 1,2 mil alunos até o ano passado, são a Riachuelo, no bairro Cabreúva, Consuelo Muller, na Vila Jacy, Otaviano Gonçalves da Silveira Júnior, situada no residencial Flamingos, e também a escola Zamenhof, que ficava na Rua Dom Aquino, na parte central da cidade.
Os pais com alunos destes colégios, antes do anuncio do fechamento, já tinham feito as rematrículas, ou seja, estavam certos das vagas. Agora, caso mantida a desativação, eles terão de correr atrás das matrículas em outras unidades de ensino.
“Não vou me calar. Represento a educação nessa Casa. Não tem que fechar escola”, afirmou o vereador Valdir Gomes (PSD), também integrante da Comissão de Educação da Câmara Municipal.
Por meio da assessoria de imprensa da Câmara dos Vereadores, Valdir contou que procurou a secretária estadual de Educação, Maria Cecília Amendola da Mota, mais de uma vez, esteve nos colégios com o secretário-adjunto e também na sede do MP-MS.
“A secretária me apresentou contas para dizer que não podia atender a esse pedido de não fechar as escolas; apoiei o governo e estou quase me arrependendo”, afirmou o parlamentar.
Ele argumentou que há cargos administrativos que podem ser cortados ou coordenadorias para economizar custos. “Estamos tratando de vida e educação”, finalizou.
Valdir Gomes afirmou ainda que agendou reunião com o chefe do MP-MS, o procurador Paulo Passos, para a semana que vem. Na audiência, ele vai entregar as reivindicações dos pais.
Além de Valdir Gomes, o ato dos pais foi também apoiado por sindicalistas do setor de ensino, Dharleng Campos, vereadora do PP e os vereadores doutor Wilson Sami, do MDB, Pastor Jeremias, do partido Avante e André Salineiro, do PSDB.