Associação dos Delegados de Polícia Civil do MS repudiou a atitude de advogados, que invadiram a cena do assassinato de Sérgio Augusto Pereira, na noite de terça-feira (19), no Rita Vieira, em Campo Grande. Os defensores incitaram a família da vítima a acusar a policiais e peritos.
Conforme a nota da Adepol-MS, os agentes da Polícia Civil, chefiados por um delegado, fazia os levantamentos iniciais do homicídio com o corpo ainda no local. Naquele momento, diz a associação ‘’advogados ultrapassaram a fita de isolamento, desobedecendo a ordem legal, comprometendo a preservação e coleta de vestígios’’
Em outro trecho, a Adepol anota que, além disso, ao final, os defensores insuflaram a população contra a polícia, gerando perigo de agressão aos servidores.
A entidade destacou também que tomou as medidas necessárias para a identificação dos suspeitos ‘’para que ocorra devida investigação criminal e administrativo-disciplinar, a fim de responsabilizar os envolvidos em todas as esferas’’.
Por fim, a Associação destaca que qualquer violação das prerrogativas e da integridade física e moral dos delegados de polícia ''é inadmissível e será sempre combatida incansavelmente''.
O espaço está aberto aos envolvidos.
O caso
O TopMídiaNews noticiou que, enquanto polícia e perícia faziam os trabalhos de investigação sobre o assassinato de Sérgio Augusto Pereira, na noite de terça-feira (19), no Rita Vieira, quatro advogados estiveram no local e causaram tumulto, em Campo Grande.
Por conta disso, parentes das vítimas começaram a gritar que a polícia podia se apropriar do dinheiro e pertences pessoais do morto.
De acordo com a polícia, três advogados da família estiveram na casa e passaram a área isolada pela polícia. Eles foram avisados de que se tratava de uma cena de crime e não poderiam estar ali.
Mesmo assim, os advogados não obedeceram às ordens dos policiais e ainda disseram que a polícia estava coagindo a viúva para passar informações. Um quarto advogado chegou na casa e também passou a aglomerar, não respeitando a polícia.
Enquanto as equipes recolhiam os objetos pessoas da vítima para entregar aos familiares, parentes começaram a gritar que a polícia podia se apropriar do dinheiro e pertences pessoais do morto. Por conta disto, a esposa da vítima foi orientada a pegar os pertences pessoas na delegacia do bairro Moreninhas.
Emboscada
Sérgio foi assassinado na porta de casa com vários tiros que atingiram o rosto, nuca, costas e axila.
O filho da vítima que presenciou a cena tentou deter os criminosos, mas também foi baleado e internado na UTI da Santa Casa.
A vítima era dona de uma oficina mecânica no Jardim América, mas segundo a esposa, também mexia com agiotagem.
O caso é investigado pela Polícia Civil.