Luiz Alves Martins Filho, assassino em série conhecido como 'Nando' foi condenado a 18 anos e três meses de prisão, na tarde desta sexta-feira (29), por um dos 13 assassinatos que cometeu em Campo Grande. A pena corresponde a morte de um rapaz conhecido como 'Café' ou 'Neguinho' em abril de 2016.
O julgamento foi presidido pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.
O comparsa de Nando, Jean Marlon Dias Domingues, de 21 anos, também foi condenado e pegou 15 anos e seis meses de cadeia pelo mesmo crime. Um outro envolvido no crime, Michel Henrique Vilela Vieira, não foi julgado pois o processo dele foi desmembrado por falta de defesa.
Neguinho teria sido morto com uma corda, chave de fenda e uma faca. Conforme o Ministério Público Estadual apontou na acusação, o motivo do crime seria uma dívida com Nando. Já Jean participou do assassinato porque a vítima havia jogado bebida e dado tapas na cara dele dias antes. Michel teria agido sob a coordenação dos dois outros condenados.
Sequência de execuções
Nando é acusado, junto com outras pessoas, de cometer uma série de assassinatos, decorrentes de "julgamentos", sob o argumento de que as vítimas eram viciadas e praticavam furtos na região do Bairro Danúbio Azul.
O mentor dos crimes fez de um lixão no bairro Danúbio Azul, um cemitério onde enterrava as vítimas. À época, o crime ganhou repercussão nacional e chocou a população da cidade.
Pelo fato de Nando ser tuberculoso e ter se negado a realizar tratamento contra a doença, o réu participou do julgamento por videoconferência, para que não houvesse risco de contágio dos envolvidos no júri.
Os casos envolvendo Nando serão julgados separadamente em razão do acontecimento de suas investigações.