Após a morte do jovem Pedro Gonzaga, de 19 anos, asfixiado pelo segurança de uma das lojas do Supermercado Extra no Rio de Janeiro (RJ), na última quinta-feira (14), várias pessoas protestaram na Capital neste domingo (17).
A mobilização aconteceu em território nacional em outras capitais. Em Campo Grande na unidade da empresa localizada na Rua Maracaju. O objetivo do ato é chamar atenção para o racismo e o número de crimes e mortes contra pessoas negras.
Com a presença de ativistas, jovens negros e militantes, o grupo percorreu os corredores da loja, com cartazes com dizeres, “Extra, Extra, Extra, a carne mais barata do mercado é a carne negra”.
Outras mensagens diziam que “todos os dias, corpos negros são aniquilados por causa do racismo”. Além de reforçar que toda vida importa sim, inclusive de quem é negras “Vidas negras importam”, afirmavam a todo o momento os manifestantes.
Entre os locais de protesto Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Fortaleza e no Recife.
O crime
O jovem foi morto pelo segurança Davi Ricardo Moreira Amâncio, em frente de sua mãe. Pessoas que passavam pelo local filmaram o momento em que o segurança sobe sobre o corpo do jovem, já imobilizado e comete o crime.
Desesperada, a mãe de Pedro Henrique assistiu toda a cena que terminou com o filho morto. Ela contou que estava com uma amiga e o filho no caixa do supermercado quando o rapaz saiu de perto dela. Em seguida, a mãe contou ter visto o filho cair na porta do estabelecimento.
O segurança foi levado preso e liberado após pagar fiança de R$ 10 mil, na Delegacia de Homicídios onde o caso foi registrado.