Os manifestantes que tentam conscientizar os deputados federais que representam Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados em Brasília, a votar contra a Reforma da Previdência, começaram a deixar o Aeroporto Internacional de Campo Grande nesta terça-feira (28), após três dias acampados no local.
De acordo com o presidente da Fetems, Roberto Botareli, o objetivo foi atingido, já que o grupo conseguiu diálogo com a maioria dos parlamentares, com exceção apenas do deputado do PSDB, Elizeu Dionísio. Botareli afirma que a postura tomada por Elizeu demonstra que ele não cumpre com a função para qual foi designado, já que 'deu as costas para o povo'.
"Os deputados antes do embarque conversaram com a gente, ouviram a nossa opinião e já agendaram reuniões individuais com os representantes, mas o Elizeu Dionísio já chegou rodeado de seguranças, com fone no ouvido, ignorando os manifestantes", explica o presidente.
Conforme Roberto, os seguranças de Dionísio teriam dado início a um tumulto no local, empurrando as pessoas que tentavam conversar com o deputado. "Os próprios seguranças começaram a empurrar as pessoas que tentavam se aproximar do Elizeu, que não quis ouvir ninguém, chegou com cara fechada e embarcou sem conversar com ninguém. Ele foi o único que agiu dessa forma".
O presidente relembra, que até mesmo o relator do projeto, deputado federal Carlos Marun, que estava se esquivando dos manifestantes, foi até o Aeroporto e dialogou com o grupo. "Até o Marun esteve aqui, conversou e agendou uma reunião para segunda-feira e garantiu que vai ouvir e dialogar com representantes do manifesto".
Botareli ressalta ainda, que os senadores já começaram a buscar diálogo com os protestantes. "Ontem Pedro Chaves esteve aqui e se posicionou contrário a reforma. A senadora Simone Tebet também embarcou hoje e conversou com o grupo, garantindo que vai agendar uma reunião e o senador Moka agiu da mesma forma".
Questionado sobre novos protestos, o presidente da Fetems destaca que o grupo não tem intenção de realizar novos protestos, levando em consideração que reuniões foram agendadas com os parlamentares e o próximo passo é tentar conquistar o voto contrário de cada deputado, já alertando os senadores, caso o projeto seja aprovado.