A chuva que tem atingido Campo Grande nos últimos dias arrastou pedaços de pavimento recém-refeitos pela empreiteira responsável pelo serviço de tapa-buracos. Com isso, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) determinou que todo o trabalho levado seja refeito e reforçado – sem custo adicional para o município – salienta a assessoria de imprensa da prefeitura. Até meados de janeiro, o chefe do executivo garantiu que sua equipe havia tapado cerca de cinco mil buracos.
Ontem (7), a água se acumulou na Rua 13 de Maio, no bairro São Francisco, e impediu motoristas de seguir em frente. Conforme boletim da Estação Meteorológica Uniderp, levantado pelo meteorologista Natalio Abrão, a região com maior volume de água foi no Cabreúva, com 66,8 mm. Hoje, a situação se repetiu e prejuízos também devem ser contabilizados.
(Foto: André de Abreu/Arquivo)
Em vistoria realizada ontem à noite e hoje (8) pela manhã em regiões mais atingidas, entre elas o trecho entre a Avenida Rachid Neder com a Rua Padre João Crippa, engenheiros da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (SISEP) realizaram levantamento preliminar dos danos. Apesar dos reparos, os profissionais preveem que os problemas devem ser sanados por um período pequeno, de até um ano.
Com isso, a enxurrada vem rapidamente e a drenagem não consegue garantir o escoamento. Basta um meio-fio quebrado ou um bueiro entupido para água ganhar ainda mais velocidade e o asfalto acaba destruído.
O reforço da impermeabilização é necessário especialmente porque a região, como outras atingidas mais gravemente, não possuem escoamento apropriado. Com bueiros entupidos, são alagadas por córregos que transbordam ou pela água que vem de áreas mais altas da cidade.
Para os engenheiros que trabalham na operação, não o aumentar o diâmetro da tubulação não adiantaria para uma solução em longo prazo, porque só pressionaria ainda mais a vazão no Segredo. A solução dependeria do investimento na abertura de uma bacia de contenção, como um piscinão.