Motoristas de aplicativo descartam, por ora, protestos contra o alto preço da gasolina, em Campo Grande. No início do ano, centenas fizeram manifestações em postos de combustíveis e avenidas da Capital.
A informação vem do ativista Alfredo Palhano, 35 anos, que, em algumas situações, exerce a função de liderança informal entre os profissionais do transporte de passageiros.
‘’A gente entende que não houve mais espaço, nada que motivasse essas manifestações’’, diz Alfredo. No entanto, ele garante que a categoria está mobilizada para achar solução para os problemas.
Vale lembrar que, em março deste ano, época dos protestos, o litro da gasolina comum era de R$ 5,48. Hoje, é achada a até R$ 6,60.
Palhano reflete que a paralisação é um instrumento usado para abrir canais de negociações. Neste momento, segue o ativista, os condutores discutem com Governo do Estado e Prefeitura, o uso de gás natural veicular, o GNV, bem mais em conta que gasolina e etanol.
A liderança detalhou que não houve acordo com o Governo sobre redução na alíquota do ICMS dos combustíveis, mas surgiu a possibilidade de um programa para facilitar o uso do GNV.
‘’O programa fez com que a prefeitura entrasse nesse projeto. Já estamos indo para a quarta ou quinta rodada de negociação’’, diz Alfredo, que também acrescenta conversas com o Detran e a MSGás.
O ativista explica que, no carro dele, com R$ 100, consegue rodar cerca de 160 Km. Já com o GNV, os mesmos R$ 100 garantem 310 km de rodagem. O investimento da conversão do veículo para gás natural seria pago de três a cinco meses.
‘’Isso daria uma economia de 60% no gasto com combustível. No lucro do motorista, equivale de 30 a 40%’’, calculou Alfredo.
Protesto 'fechou' posto de gasolina em março. (Foto: Repórter Top)
Protestos
Conforme noticiado pelo TopMídiaNews, no dia 2 de março, condutores fizeram um protesto, sendo um deles em um posto de combustível na Tamandaré com a Júlio de Castilho. Nesse dia, cerca de 110 veículos formaram filas para abastecer com valores irrisórios.
À época, condutores entregaram uma pauta de reivindicação ao Governo. Eles foram recebidos por uma comissão de secretários estaduais.
‘’...nossa situação está calamitosa’’, disse Palhano naquele dia.
A partir do fim de março, nenhuma outra manifestação foi realizada.